Quinta-feira, 28 de março de 2024, às 13:42:22- Email: [email protected]


Caso Laryssa: Suspeito confessa crime e diz que “sempre quis matar alguém e ver a pessoa sofrer”

Ronaldo dos Santos Lira suspeito de matar e enterrar o corpo de Laryssa Victória no próprio quintal, em Ouro Preto do Oeste (RO), confessou em interrogatório que matou a adolescente pelo “desejo de matar” que tinha desde a infância. A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (7).

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Niki Locatelli, Ronaldo dos Santos Lira prestou depoimento nesta quinta e deu detalhes de como matou Laryssa. O interrogatório durou mais de cinco horas e possui mais de 10 páginas de transcrição.

Ele revelou que tinha esse desejo desde a infância, ele sempre quis matar alguém e ver a pessoa sofrer. Ele fala que via muitos vídeos e já chegou ver pessoas sendo esquartejadas e ele diz que tinha prazer nisso”, disse o delegado.

Ronaldo disse em depoimento para a Polícia Civil que ele saiu de casa na sexta-feira, 18 de março de 2022, com a intenção de matar alguém. Ele acabou encontrando Laryssa e sentiu um “chamado” de que tinha que ser ela. De alguma forma ainda não revelada, ele convenceu a menina a ir até a casa dele.

Ele disse que na manhã do sábado, 19 de março, enquanto Laryssa dormia, ele pegou a própria bolsa da vítima, enrolou a alça no pescoço dela e tentou um estrangulamento. Nesse momento, a adolescente acordou e questionou porque ele estava fazendo aquilo.

Em seguida, Ronaldo diz que pegou uma faca e deu um golpe no pescoço da vítima. Então ficou a “assistindo sangrar”. O laudo tanatoscópico confirma que Laryssa morreu de hemorragia externa por instrumento pérfuro-inciso, ou seja, sangrou até a morte. Ele narrou no interrogatório que enquanto ela morria ele ria de prazer.

“Laryssa morreu aos poucos e ele teve prazer em vê-la morrendo aos poucos”, comentou o delegado. Após a morte, Ronaldo teria saído para buscar comida e voltou para comer vendo o corpo de Laryssa.

“São descrições de um crime chocante e aterrorizante. Realmente mexeu até conosco, investigadores”, finaliza Niki.

Caso Laryssa

Laryssa Victória, adolescente morta e enterrada no quintal da casa do assistente socialRonaldo dos Santos Lira, em Ouro Preto do Oeste (RO), tinha marcas de estrangulamento e mais de 20 perfurações na região do pescoço, apontou o delegado responsável pelo caso, após os exames de necrópsia.

Segundo o delegado Niki Locatelli, o estrangulamento aconteceu com algo parecido com fio ou cadarço. Para conclusão do inquérito policial, a prisão temporária de Ronaldo dos Santos foi convertida em provisória. No vídeo abaixo, é possível ver a chegada de Ronaldo à Casa de Detenção em Ouro Preto.

O delegado responsável pela investigação, Niki Locatelli, disse que durante as oitivas na delegacia, Ronaldo estava acompanhado do advogado e decidiu permanecer em silêncio. Com a conversão da prisão temporária em provisória, o objetivo da investigação é finalizar o inquérito policial, destaca Locatelli.

Pai conversa com suspeito

Ronaldo dos Santos Lira foi preso em flagrante — Foto: Facebook/Reprodução

“Ele tava sentado tomando vodka no sábado como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse nem visto nada, ‘de boa’, tranquilinho”, disse o Pai de Laryssa, que procurou o suspeito após saber que ele foi a última pessoa a ter visto ela.

Quando o pai de Laryssa descobriu que Ronaldo poderia ter sido a última pessoa a ver Laryssa, Carlos decidiu ir conversar com ele e encontrou o suspeito sentado na calçada de uma tabacaria “tomando vodka no sábado a noite como se nada tivesse acontecido”.

“Ele falou ‘ah rapaz ela chegou mesmo ontem aqui comigo embriagada, trocando as pernas’, mas eu tinha olhado as câmeras e ela não tava trocando as pernas bêbada”, comenta.

“Eu perguntei se ele tava disposto a procurar ela e ele falou que faria qualquer coisa pra poder achar ela”. Na conversa, Carlos começou a desconfiar que Ronaldo estava escondendo algo porque seus relatos do que aconteceu pareciam confusos. Ele teria dito que levou Laryssa até certo ponto do caminho e de lá ela foi embora com dois rapazes.

“E pedi pra ele ir na polícia comigo falar onde foi que você deixou ela certinho, pra gente ter um ponto de referência e procurar em volta. Ele falou que ia, mas primeiro precisa entrar em contato com o advogado porque só ia com advogado”, relembra o pai.

diário da Amazônia


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