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Casos de feminicídio em Rondônia crescem mais de 230%

Os primeiros quatros meses de 2022 tiveram números alarmantes nos casos de feminicídio

Por RedaçãoDIÁRIO DA AMAZÔNIA

Mulheres vítimas de feminicídio – Foto: Reprodução

Nos quatro primeiros meses de 2022, 10 crimes registrados como feminicídio ocorreram em Rondônia. Se comparado com os meses do mesmo período de 2021, esse número representa um aumento de 233,33%, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Rondônia (Sesdec).

Em 2021 foram três casos, já em 2022 o número saltou para 10 ocorrências de feminicídio. Segundo a Sesdec, Porto Velho lidera o ranking dos municípios com o maior número de mulheres mortas.

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As vítimas têm idades variando entre 23 e 48 anos. Já no que se refere ao grau de escolaridade, a maioria delas têm o status como: “não informado”. Das 10 vítimas em 2022, nove não tinham a informação de escolaridade, sendo apenas uma com “ensino fundamental incompleto”.

Abaixo, as cidades que registraram casos de feminicídios de janeiro a abril:

Mulher encontrada morta dentro de guarda-roupas

Ãngela Maria Silva Duarte, de 51 anos, foi achada morta um dia após desaparecer — Foto: Facebook/Reprodução

Uma mulher de 51 anos, identificada como Ângela Maria Silva Duarte, foi encontrada morta dentro de um guarda-roupas em Ji-Paraná (RO), na tarde de quinta-feira, 6 de janeiro.

Segundo a delegacia de Polícia Civil, a vítima estava desaparecida desde 5 de janeiro, e desde então seus familiares buscavam por notícias.

Em 6 de janeiro os parentes de Ângela foram até a casa de um vizinho, que havia sido contratado pela mulher no início da semana para reformar alguns móveis, no bairro Greenvile.

Ao adentrarem no imóvel da casa, que estava vazia, os familiares passaram a procurar vestígios de Ângela. Ao abrirem um guarda-roupas, eles encontraram o corpo da mulher.

Na época, a Polícia Civil disse que a vítima foi encontrada sem roupas íntimas, com indícios de ter sido assassinada por asfixia.

O exame realizado no corpo de Angela Maria Silva Duarte comprovou que ela foi estuprada. O principal suspeito de ter cometido o crime é o vizinho, dono da casa onde o corpo de Ângela foi localizado. Ele fugiu depois do crime, mas foi encontrado e preso na última semana em uma fazenda de Rondolândia (MT).

Matou para não assumir a paternidade

Gabriel confessou ter matado Antonieli em Pimenta Bueno (RO) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Antonieli Nunes foi assassinada, após contar que estava grávida de Gabriel. Para não ter que assumir a paternidade Gabriel a matou com um golpe chamado de “mata leão” e facadas, de acordo com a Polícia Civil.

Gabriel foi indiciado por feminicídio duplamente qualificado com agravante, já que a vítima estava grávida.

Segundo a polícia, Gabriel Henrique Santos Souza Masioli confessou ter estrangulado e esfaqueado a vítima, para não assumir a paternidade do filho que Antonieli esperava. Os policiais realizaram uma busca e apreensão na casa do suspeito, na tentativa de localizar o celular da vítima, mas o objeto não foi encontrado.

Desejo de matar

Ronaldo dos Santos Lira foi preso suspeito de matar e enterrar Laryssa Victória — Foto: Facebook/Reprodução

Ronaldo dos Santos Lira suspeito de matar e enterrar o corpo de Laryssa Victória no próprio quintal, em Ouro Preto do Oeste (RO), confessou em interrogatório que matou a adolescente pelo “desejo de matar” que tinha desde a infância. A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (7).

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Niki Locatelli, Ronaldo dos Santos Lira prestou depoimento nesta quinta e deu detalhes de como matou Laryssa. O interrogatório durou mais de cinco horas e possui mais de 10 páginas de transcrição.

“Ele revelou que tinha esse desejo desde a infância, ele sempre quis matar alguém e ver a pessoa sofrer. Ele fala que via muitos vídeos e já chegou ver pessoas sendo esquartejadas e ele diz que tinha prazer nisso”, disse o delegado.

Ronaldo disse em depoimento para a Polícia Civil que ele saiu de casa na sexta-feira, 18 de março de 2022, com a intenção de matar alguém. Ele acabou encontrando Laryssa e sentiu um “chamado” de que tinha que ser ela. De alguma forma ainda não revelada, ele convenceu a menina a ir até a casa dele.

Após a denúncia do desaparecimento feita pelo pai, a polícia começou a investigar o caso e recebeu a informação de que Laryssa teria sido vista pela última vez com o suspeito, identificado como Ronaldo Santos.

Polícia Civil iniciou as buscas pela jovem e ouviu testemunhas que estavam na conveniência do posto de combustível. Além disso, a polícia teve acesso a imagens de câmera de monitoramento, onde mostram a jovem sendo puxada à força pelo suspeito.

Os investigadores foram à casa do suspeito. Ele não estava no local, mas como a casa não tinha muro, os agentes notaram que parte da terra do quintal estava mexida e do lado de fora havia um colchão queimado, diante das suspeitas o delegado decidiu iniciar uma escavação.



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