Quinta-feira, 18 de abril de 2024, às 08:34:57- Email: [email protected]


Julho: mês de proteção às florestas

Julho é o mês consagrado para a reflexão sobre o meio ambiente e a preservação de nossos verdes bosques, sendo o dia 17, data de se destacar a proteção das florestas. Assim, a iniciativa Nutrientes para a Vida pontua ser relevante para o futuro do próprio planeta um olhar responsável e sustentável.

Segundo as Nações Unidas, “as florestas são os ecossistemas mais ricos em biodiversidade”. Elas são o lar de mais de 80% das espécies de animais, plantas e insetos da Terra. As florestas também fornecem abrigo, empregos e segurança para as pessoas que delas dependem. As florestas também desempenham um papel crucial na luta contra as mudanças climáticas. Elas ajudam a equilibrar oxigênio, dióxido de carbono e umidade do ar e protegem as bacias hidrográficas que fornecem 75% da água doce do mundo”.

Coincidentemente, o dia 17 de julho é comemorado o Dia do Curupira. Na cultura popular, o Curupira é um espírito mágico que habita as florestas com a missão de proteger contra o ataque de pessoas. Por esta razão o Curupira é conhecido como o “protetor das florestas”.

Esse é o dia para a população se conscientizar sobre a importância de intensificar a proteção do meio ambiente, valorizando as numerosas funções que as florestas desempenham na vida de todos os seres vivos. A importância das florestas estão acima de ser simplesmente o lar de inúmeras espécies de animais e plantas, mas representam a qualidade de vida da humanidade.

No entanto, as florestas continuam sendo ecossistemas favoráveis ​​à vida, abrigando uma infinidade de espécies da flora e da fauna, o que favorece o armazenamento de carbono necessário aos ciclos hidrológicos, contribuindo assim para a regulação dos níveis de temperatura do planeta. As florestas fornecem, também, muitos serviços essenciais, sejam os ingredientes naturais utilizados na composição dos medicamentos, a madeira destinada à construção civil, ou ainda água limpa e solos férteis. Além disso, as florestas aumentam a biodiversidade, a resiliência climática e tem um efeito benéfico na saúde humana.

Segundo a ONU, as florestas continuam a ser derrubadas em um ritmo alarmante em todo o mundo, principalmente devido aos padrões de consumo. Em torno de 80% do desmatamento está ligado à expansão da agricultura, sendo as terras desmatadas para pastagem. Entre os indicadores identificados pelas Nações Unidas a redução da cobertura florestal atinge, atualmente, um terço da superfície do planeta e concentra grande parte da biodiversidade terrestre.

Neste momento é importante enaltecer o trabalho do produtor rural brasileiro na preservação, manutenção e proteção da vegetação nativa em suas propriedades. Em nosso país está concentrada pouco mais de 60% das florestas do nosso planeta, sendo que mais de mais de 10% destas florestas estão localizadas nas propriedades rurais. Os dados publicados pela EMBRAPA (2018) evidenciam que, em média, cada produtor rural estaria utilizando apenas metade de suas terras. A outra metade é ocupada com áreas de preservação permanente, reserva legal e vegetação excedente.

Em projeção feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mundo deverá aumentar a produção de alimentos para atender a demanda da população. Na projeção avaliada até 2026/2027, o Brasil é o país com maior expectativa de aumento, na ordem de 41%. A pergunta que se faz neste momento é: como aumentar a produção em um país com solos de baixa fertilidade e com enorme pressão contra a derruba de florestas? Existem duas formas de aumentar a produção de alimentos: a primeira é a abertura de novas áreas agrícolas, o que não é o caminho mais adequado, pois haverá a necessidade de derrubar florestas.  O outro caminho é aumentar a produtividade das culturas nas áreas já exploradas.

Valter Casarin é engenheiro agrônomo


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