Segundo o ministro, os governadores não são médicos e estão interferindo nas secretarias de Saúde dos estados. O Ministério da Saúde recomenda que a vacinação do público infantil seja feita apenas com apresentação de prescrição médica
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou, nesta quarta-feira (29/12), os prefeitos e governadores contrários à prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 12 anos contra a covid-19. Segundo o ministro, os chefes do Executivo não são médicos e estão interferindo nas secretarias de Saúde dos estados.
“Governadores falam em prescrição (médica), prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico, então eles estão interferindo nas secretarias estaduais e municipais”, disse em conversa com jornalistas na entrada do ministério.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina Pfizer contra o novo coronavírus em crianças de 5 a 12 anos em 16 de dezembro. Desde então, o assunto tem gerado polêmicas. O Ministério da Saúde abriu uma consulta pública, disponível até este domingo (2/1), e recomenda que a vacinação seja feita com apresentação de prescrição médica.
‘Estamos indo muito bem, obrigado’
Ao ser questionado sobre o posicionamento do ministério sobre a imunização de crianças, o ministro disse que a manifestação da pasta está explícita na consulta à população. Rebatendo as críticas sobre o perfil negacionista do Governo sobre as vacinas, Queiroga ainda citou a doação de doses da vacina do Brasil para o mundo. “Nosso país, através da determinação do presidente Jair Bolsonaro, é signatário de um grupo que cumpre vacinações ao nível mundial. Produzimos vacinas na Fiocruz, junto com ações do governo federal. Temos nossa população fortemente vacinada e avançamos com adolescentes”, declarou.
De acordo com o ministro, o Brasil está “indo muito bem, obrigado” em relação ao enfrentamento à pandemia.
*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader