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PF investiga prefeito de Rolim de Moura por uso de diploma falso

Documento teria sido emitido por escola e diretora que negam autenticidade. Prefeito pode perder o mandato e responder criminalmente caso a fraude seja comprovada

Aldo Júlio, Prefeito de Rolim de Moura — Foto: Reprodução/Prefeitura de Rolim de Moura

A Polícia Federal (PF) investiga o atual prefeito de Rolim de Moura, Aldair Júlio Pereira (União), por apresentar um diploma falso do ensino médio à Justiça Eleitoral. A suspeita é que o documento tenha ligação com uma rede criminosa especializada na falsificação de certificados.

A denúncia contra o prefeito foi feita pela Cúpula do Partido Liberal (PL) durante a eleição de 2024, quando Aldair (ou Aldo Júlio, seu nome de urna) era candidato à reeleição. A investigação corre em sigilo na PF.

O diploma questionado teria sido emitido pelo Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja) Aída Fibiger de Oliveira, localizado em Cacoal. No entanto, de acordo o inquérito ao qual a Rede Amazônica teve acesso, a instituição negou a existência de registros de que Aldair tenha estudado na escola.

A diretora da instituição na época emitiu uma declaração informando que sua assinatura verdadeira é diferente daquela usada no diploma apresentado pelo prefeito.

Assinaturas de Maria Helena Felix de Souza — Foto: Reprodução/Inquérito policial

Outras incongruências são apontadas:

— Na frente do diploma, diz que Aldair concluiu o ensino médio por exames de suplência, já o verso afirma que foi por telecursos;
— O número do livro de registro indicado no diploma não existe nos arquivos da escola.

A perícia preliminar realizada pela Polícia Civil de Cacoal indicou que a assinatura da diretora foi impressa digitalmente e que o número de registro do certificado não existe nos arquivos da escola. Esses indícios fortaleceram a suspeita de falsificação e levaram à abertura da investigação pela Polícia Federal.

Além disso, o documento apresentado por Aldo Júlio aponta que ele concluiu o ensino médio em 2006. No entanto, quando o parlamentar concorreu ao cargo de prefeito de Rolim de Moura em 2021, informou que seu grau de instrução era “Ensino Fundamental Completo”. Três anos depois, sua página passou a dizer que ele tem ensino superior incompleto. Veja abaixo:

Divulgacação do candidato Julio Aldo — Foto: Reprodução

O g1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), responsável pelo Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Segundo a denúncia, além de apresentar o diploma falso na eleição, o prefeito também o teria usado para ingressar em um curso de ensino superior. A PF investiga se Aldair adquiriu o diploma de forma consciente ou se foi vítima de fraude. Para esclarecer a autenticidade do diploma, a Polícia Federal determinou a realização de exames documentoscópicos e grafotécnicos.

O advogado de Aldo Jalio firmou que, por se tratar de um inquérito sob segredo de Justiça, não irá se manifestar no momento, mas garantiu que assim que o sigilo for derrubado prestará esclarecimentos.

Ligação com rede de falsificação

As investigações revelaram que o diploma utilizado pelo prefeito pode ter sido produzido por uma organização criminosa especializada em falsificação de certificados escolares. Essa rede já era alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de Rondônia.

Dois nomes foram apontados como líderes do esquema. Um deles já trabalhou na secretaria do CEEJA e teria utilizado seu acesso para copiar assinaturas e modelos de diplomas autênticos.

Documentos falsificados durante a Operação Loki, deflagrada pela Polícia Civil de Cacoal — Foto: Reprodução/Polícia Civil de Rondônia (PC-RO)

Apreensões feitas na casa de um dos suspeitos revelaram um pen drive contendo diversos modelos de diplomas falsificados, incluindo certificados de ensino médio idênticos ao apresentado por Aldair.

Segundo o delegado responsável, Alexandre Baccarini, algumas pessoas chegaram a assumir cargos públicos em prefeituras utilizando esses documentos.

O que acontece se a falsificação for comprovada?

Mesmo que não seja obrigatório ter ensino médio ou superior para concorrer a prefeito, mentir sobre isso pode levar a impugnação da candidatura e até a responsabilização criminal. Informar um diploma falso na candidatura é crime porque envolve falsidade ideológica.

Ou seja, o problema não está na falta do diploma, mas na mentira e na tentativa de enganar a Justiça Eleitoral e os eleitores. Essa prática pode resultar em cassação do mandato, multa e até prisão.

O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia aguarda a conclusão da perícia para avaliar as possíveis repercussões do caso na validade do registro de candidatura e eventual permanência do prefeito no cargo.


Fonte:G1 RO

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