Produzido na Terra Indígena Sete de Setembro, o café Paiter-Suruí é reconhecido nacionalmente pela sua qualidade e sabor
Produção de café especial da etnia Paiter-Suruí. Foto: Guto Martins/Funai
Como prêmio, o produtor recebeu um lavador metálico mecanizado que faz a separação dos cafés cereja e verde, no valor de quase R$ 29 mil. O maquinário vai qualificar o serviço, que antes era realizado manualmente. Seis cafés foram premiados no Concafé, cujo evento foi realizado no mês de setembro.
Produzido na Terra Indígena Sete de Setembro, o café Paiter-Suruí é reconhecido nacionalmente pela sua qualidade e sabor. São mais de 30 mil pés de café plantados pela família de Wilson, em uma iniciativa repassada ao longo dos anos de pai para filho. O cultivo conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), por meio da Coordenação Regional (CR) Cacoal.
No Norte do país, o município de Cacoal é conhecido como a capital do café. A relação dos indígenas com a prática e o plantio começou com a homologação da Terra Indígena Sete de Setembro, na década de 1980. Com o passar dos anos, os Paiter-Suruí contribuíram para consolidar o sucesso do cultivo do café especial. A parceria com a iniciativa privada coroou a experiência sustentável em 2018 quando, com o apoio da Funai, a produção do café indígena passou a ser vendida para o grupo 3Corações, por meio de acordo que prevê o aumento da produtividade com foco na qualidade do café especial sustentável.