Ao tentar salvar a filha, uma mãe experimentou a droga sintética K9, considerada cem vezes mais potente que a maconha, e também se viciou. A família mora em São Paulo.
a técnica de enfermagem Vanessa Sales, de 46 anos, contou que a filha, Giovana, de 21 anos, entrou em contato com a droga pela primeira vez por intermédio do namorado. A jovem tinha o sonho de ser cantora e tentou se lançar no universo do funk, no qual o conheceu.
Ao descobrir a droga na vida da filha, Vanessa decidiu fumar a K9 — conhecida como supermaconha — para mostrar a Giovana que era possível não se viciar. Entretanto, o plano da técnica de enfermagem falhou.
Em menos de três dias, a vida dela mudou completamente. “Essa droga te anestesia. Tirava a minha dor na coluna. Eu não entrei nisso à toa, eu vi a minha filha morrendo na droga”, desabafou Vanessa.
Mãe e filha consumiam a K9 diariamente, além de terem de caminhar mais de 8 quilômetros até um ponto de tráfico para comprá-la. O percurso era realizado de duas a três vezes por dia. Sem dormir nem se alimentar, Vanessa chegou a perder 40 quilos em quatro meses.
Durante esse período, o marido da técnica de enfermagem estava no Peru, viajando a trabalho. Quando ele retornou para casa, encontrou as mulheres irreconhecíveis, em razão dos efeitos da supermaconha.
No dia do aniversário de Giovana, a jovem foi convencida pela mãe a entrar em uma clínica de reabilitação. Agora, elas lutam juntas para superar o vício.