Seis ônibus da empresa Amatur Turismo foram queimados em Porto Velho na madrugada desta quarta-feira (15). O proprietário dos veículos, Remídio Monai, estima um prejuízo de R$ 5 milhões. “Foi perda total”, disse ele em entrevista ao g1 Roraima.
Os ônibus estavam estacionados na garagem da empresa quando o vigia do local notou o incêndio por volta da meia-noite. Porto Velho, capital de Rondônia, vive uma onda de ataques a ônibus – mais de 10 10 foram incendiados na madrugada desta quarta.
“O prejuízo deve passar de R$ 5 milhões, a gente está ainda avaliando, mas deve passar porque deu perda total”, disse Remídio, dono da Amatur, empresa sediada em Roraima, com 35 anos de história no transporte interestadual de passageiros na Amazônia.
A onda de ataques a ônibus em Porto Velho é atribuída à facção criminosa Comando Vermelho em resposta à operações da Polícia Militar contra o grupo. Nos últimos meses, diversas ações contra o crime organizado foram realizadas no Orgulho do Madeira, residencial localizado na Zona Leste de Porto Velho. Em uma delas, um dos lideres do Comando Vermelho foi morto.
No domingo (12), o cabo da PM, Fábio Martins, morreu com seis tiros na cabeça dentro do residencial Orgulho do Madeira, onde morava. A PM afirma que o assassinato foi uma retaliação às ações policiais. Os suspeitos também tentaram explodir um totem de segurança instalado no local.
A garagem da Amatur alvo do ataque fica no bairro Aeroclube, na zona Sul de Porto Velho, região posta ao residencial Orgulho do Madeira. Segundo Remídio, em 34 anos de existência, essa foi a primeira vez que a empresa passou um prejuízo desta dimensão.
Entre os ônibus incendiados tinham dois recém comprados, de 2024, sendo um deles no modelo leito. O veículos eram usados na rota Manaus a Rio Branco, e Porto Velho a Manaus. Remídio informou que a deve acionar o seguro da garagem e ver o que pode ser feito diante da situação.
Em meio à onda de ataques, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizou o envio da Força Nacional para combater o crime organizado em Porto Velho. O efetivo vai atuar por 90 dias, em apoio aos órgãos de segurança pública estaduais.