A Justiça de Rondônia condenou um servidor temporário da Secretaria Municipal de Saúde de Guajará-Mirim a 17 anos e 5 dias de prisão, além do pagamento de multa superior a R$ 85 mil, por associação para o tráfico de drogas e porte ilegal de munições.
O homem foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em maio de 2025, na BR-425, quando dirigia um veículo oficial da secretaria. No carro, os policiais encontraram drogas e munições. A identidade do suspeito não foi divulgada.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), durante as investigações, o servidor apresentou versões diferentes. Primeiro, confessou o crime à polícia, afirmando que aceitou transportar duas malas em troca de R$ 4 mil. Depois, negou saber do conteúdo e se retratou em juízo.
Na sentença, o juiz destacou que, apesar da retratação, as provas reunidas confirmam a participação do acusado no crime. A droga apreendida foi incinerada e as munições entregues ao Exército Brasileiro.
Relembre o caso
Um servidor da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSAU) de Guajará-Mirim foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta terça-feira (6) com 36 quilos de drogas e cerca de 200 munições de fuzil. A prisão aconteceu na BR-425, no km 101, em Guajará-Mirim (RO).
Segundo a PRF, os policiais faziam uma fiscalização de rotina na rodovia que liga Guajará-Mirim a Porto Velho quando abordaram o carro. O homem, que estava com uma mulher de 38 anos, disse que trabalhava na prefeitura e que estava levando tanques de oxigênio vazios.
Durante a revista no veículo, os policiais encontraram duas malas com cerca de 15 kg de cocaína e 21 kg de maconha, totalizando 36 quilos de drogas. Também foram achadas caixas com munições de fuzil calibre 7.62.
Ainda segundo a PRF, o homem confessou o crime e foi preso por tráfico de drogas e posse de munição de uso restrito. Depois de ser preso em flagrante, ele passou por uma audiência de custódia, e a Justiça decidiu manter a prisão.
O juiz responsável pelo caso decidiu manter o servidor preso preventivamente. Na decisão, o magistrado destacou que a gravidade do crime vai além da quantidade de drogas e munições apreendidas, envolvendo também o uso de um carro oficial da prefeitura. Segundo ele, isso não só causa prejuízo ao patrimônio público, como também fere o papel do Estado de garantir os direitos da população.
“Permitir que condutas como essa sejam enfrentadas com leniência ou com medidas cautelares brandas equivaleria a desproteger a própria função estatal de prestação de serviços públicos essenciais”, finalizou o magistrado.
Em nota, a Prefeitura de Guajará-Mirim informou que o ex-servidor não faz mais parte do quadro de funcionários do município. Segundo a pasta, ele foi demitido por justa causa em 1º de julho de 2025.
