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Homem que passou 45 dias internado por causa do metanol recebe alta e fala da preocupação com o futuro: ‘Eu ajudo meu pai e minha mãe’

A voz de Wesley Neves Pereira ainda sai fraca porque a intoxicação por metanol afetou os pulmões. Ele tem a marca da traqueostomia na garganta, foi entubado, sofreu um AVC e, quando acordou, tudo tinha mudado.

Foi com passos fracos de um corpo frágil que o motoboy Wesley Neves Pereira voltou nesta quarta-feira (8) para casa depois de 45 dias de internação. Muitos quilos mais magro, ele está bem diferente do rapaz de 31 anos que tinha a moto e as entregas como profissão e que não esquece como tudo começou naquele sábado de baile funk com a compra de uma garrafa de uísque.

Wesley Neves Pereira, motoboy: Fechada. Garrafa fechada.
Repórter: Chegou a olhar se tinha lacre?
Wesley Neves Pereira: Não cheguei a olhar não. A gente só bebeu mesmo.

No dia seguinte, os primeiros sintomas intensos e diferentes de uma ressaca normal.

“Dor na barriga. Eu falei: ‘Mãe, está doendo muito. Pegando fogo, está queimando’. Aí ela falou: ‘Calma, filho, calma’”, conta Wesley.

A voz ainda sai fraca porque a intoxicação por metanol afetou os pulmões. Wesley tem a marca da traqueostomia na garganta, foi entubado, sofreu um AVC e, quando acordou, tudo tinha mudado.

Wesley Neves Pereira: Muita fraqueza no movimento, mobilidade ruim. Eu tenho que ficar tomando remédio direto para dor nas pernas.
Repórter: Você não está enxergando quase nada?
Wesley Neves Pereira: Não. A minha visão também não. A visão eu perdi também.

Para a irmã, ter Wesley de volta em casa é uma mistura de vitória e dor.

Sheily Pereira Neves: Muito difícil. Ai, gente! A gente vê ele como ele era e como ele está…
Repórter: Uma pessoa que estava bem, que saiu para se divertir…
Sheily Pereira Neves: E voltar nesse estado.

Várias terapias e medicamentos serão necessários para recuperar parte do que a intoxicação afetou. É o que diz um dos médicos que também atendeu caso da crise do metanol.

“É um tratamento de longo prazo, em alguns casos multidisciplinar. E talvez, se a gente for falar da visão, é talvez uma reeducação, um modo desses pacientes aprenderem a viver de outra maneira, já que as sequelas, na maioria das vezes, não são reversíveis”, afirma o oftalmologista Fábio Ejzenbaum.

Assim como Wesley, outras vítimas e suas famílias lutam agora para retomar a vida, lidar com as sequelas, enquanto esperam por respostas. Wesley está preocupado com o futuro e com as investigações.

“Eu ajudo meu pai e minha mãe. Eu queria poder ajudar. Não poderia ficar doente”, diz Wesley.

“A gente espera que realmente chegue nos culpados e que isso não aconteça com mais pessoas. Porque a gente sabe, quem passou pela situação, quanto é difícil estar do outro lado”, afirma Sheily Pereira Neves

fonte:g1nacional




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