No mesmo dia em que um abalo sísmico foi sentido por moradores de Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste e Nova União, em Rondônia, agências sismológicas internacionais registraram ao menos dois terremotos de magnitude moderada em países vizinhos. Os eventos ocorreram na região de fronteira entre o Chile e a Bolívia.

De acordo com dados do site de monitoramento Earthquake Track e do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ), um terremoto de magnitude 4.7 na escala Richter foi registrado no domingo, 22 de junho, às 20:46 UTC (16:46 no horário de Brasília). O epicentro foi localizado no norte do Chile, a uma profundidade de 137 quilômetros. O GEOFON, operado pelo GFZ, também listou um sismo de magnitude 4.5 na mesma região e horário.

Horas antes, às 18:01 UTC (14:01 no horário de Brasília), um outro abalo, de magnitude 4.3, já havia sido registrado na mesma área fronteiriça, a uma profundidade de 136 quilômetros.

O tremor em Rondônia foi relatado por volta das 19h45 (horário local, 23:45 UTC), acompanhado de um forte estrondo. Embora não haja uma confirmação oficial e imediata de que os sismos na fronteira chileno-boliviana tenham sido a causa direta do fenômeno sentido no estado brasileiro, a ocorrência de reflexos de terremotos andinos em Rondônia é um evento considerado comum por especialistas e pela população local.

A grande profundidade dos terremotos na Cordilheira dos Andes permite que suas ondas sísmicas se propaguem por vastas distâncias através da placa tectônica sul-americana, chegando a ser percebidas em regiões distantes no interior do Brasil, como Rondônia e Acre.

No domingo, não houve registros de outros terremotos significativos no Peru, Colômbia ou Venezuela, países também citados como possíveis origens de tremores sentidos historicamente na região de Rondônia.