
A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta quarta-feira (26), a Operação Espelho de Papel, que investiga um esquema de fraudes em empréstimos consignados em Rondônia e São Paulo. Os suspeitos se passavam por servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Cacoal (RO) para obter acesso às linhas de crédito.
O prejuízo estimado supera R$ 1,2 milhões, valor dos bens sequestrados durante a operação. Além disso, a polícia deve cumprir 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho, Cacoal (RO), Vilhena (RO) e Sorocaba (SP).
As investigações começaram a partir de informações repassadas pelo próprio SAAE. A empresa percebeu problemas em nove contratos de empréstimos feitos entre setembro e novembro de 2022, como uso de documentos falsos e nomes de pessoas que não trabalhavam no local.
Como funcionava o esquema? Com os documentos falsos, os suspeitos conseguiam liberar margem consignável, que é o limite para empréstimos descontados direto do salário. Depois disso, eles contratavam empréstimos em agências da Caixa no Distrito Federal, mesmo morando em Rondônia.
O SAAE reforça que a autarquia não está diretamente envolvida na fraude, apenas alguns servidores que passaram por ela. A investigação apura servidores comissionados que passaram pela autarquia.
O material apreendido durante a Operação Espelho de Papel deve ajudar a PF a continuar investigando os suspeitos.




