A data 9 de julho é reservada no calendário anual para o Dia Nacional de Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca (IC), também conhecida como a doença do coração fraco. Pouco debatida e divulgada, a IC acomete 26 milhões de pessoas no mundo, de acordo com os dados da Rede Brasileira de Insuficiência Cardíaca (REBRIC). Ainda segundo a organização, a doença mata três vezes mais do que o câncer de próstata e mama, por exemplo. Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), alerta que uma das causas mais comum da insuficiência cardíaca é o infarto do miocárdio, mas outros fatores como histórico de doenças cardíacas na família, hipertensão, diabetes, doença de chagas e até o uso abusivo de álcool pode se tornar um fator de risco.
A IC é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear o sangue para corpo, impossibilitando o transporte do oxigênio para órgãos e tecidos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das mortes por insuficiência cardíacas poderiam ser evitadas com a mudança do estilo de vida. “Mudanças na rotina podem prevenir a insuficiência cardíaca, como a pratica de exercícios físicos, seguir uma alimentação saudável, não fumar e não consumir bebidas alcoólicas. É importante que as pessoas tenham a informação da dimensão da gravidade da IC para serem protagonistas da sua própria saúde e atuar na prevenção de uma doença tão graves como essa. O cuidado preventivo também passa pela ida regular ao cardiologista e pela realização de exames regulamente, principalmente aqueles que convivem com alguma enfermidade crônica”, enfatiza a presidente do LAL.
Desde 2008, o Instituto Lado a Lado pela Vida atua na disseminação de informação de qualidade sobre saúde do homem, câncer e, desde 2014, assumiu importante liderança no país também na promoção da saúde cardiovascular. Por meio de sua campanha Siga seu Coração, o LAL destaca o assunto da Insuficiência Cardíaca e promove debates e eventos para dar ênfase a ela e às demais doenças cardiovasculares.
“Desde a criação da nossa campanha batemos na tecla da prevenção, da promoção da saúde e da importância do diagnóstico precoce, que são as melhores formas de alcançar a qualidade de vida. É indispensável falar sobre o tema, esclarecer e conscientizar a população de que há meios de prevenção, combate e controle da IC. É primordial incorporarmos hábitos saudáveis, como a alimentação balanceada, uma vez que o mau hábito alimentar é responsável pelo surgimento de muitas complicações cardíacas”, afirma Marlene.
De acordo com o cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa, membro do Comitê Científico do LAL, geralmente a doença se desenvolve naqueles com problemas de saúde preexistente, podendo lesionar ao órgão, como é o caso do indivíduo hipertenso (pressão alta) que tem uma probabilidade de 70% de ser acometido pela IC. “Os sintomas mais comuns são: cansaço, tosse noturna e o inchaço nas pernas”.