Estando há oito meses na condução da administração municipal de Pimenteiras do Oeste, a prefeita Valéria Garcia (PP) assumiu o cargo com uma vantagem e tanto se comparado com a situação de outros gestores em primeiro mandato: sua gestão é uma continuidade da anterior, onde ela ocupava o cargo de vice.
Em entrevista ao Extra de Rondônia nesta quarta-feira, 18, ocasião em que a sua cidade recebeu a terceira visita do governador Marcos Rocha (sem partido) no mandato dele, Valéria destacou que ter iniciado a gestão nesta posição permitiu que a máquina pública não necessitasse daquele período normal de adaptação tão comum em mudanças de prefeitos.
“Pudemos iniciar nossos trabalhos imediatamente, dando seguimento a ações que já vinham sendo desenvolvidas, e com total familiaridade com o sistema administrativo”, destacou a prefeita.
Isso, aliado a escolha cuidadosa do corpo técnico que compõe o primeiro escalão, permitiu que a prefeita já tenha bons resultados a apresentar, mesmo em pouco tempo de mandato. “Tivemos também o privilégio de assumir com dinheiro em caixa, deixado pelo ex-prefeito Vino, algo que fez muita diferença”, acrescentou.
Ela também explicou que na gestão anterior teve muita participação no mandato, inclusive desenvolvendo projetos e ações de sua iniciativa, e tudo isso está tendo continuidade, assim como a mesma conduta é adota por ela com relação ao seu companheiro de administração, Moisés Penha (PDT). “Ele tem autonomia e funções de relevo na gestão, e nossa parceria tem dado certo em benefício da comunidade”, garante.
O ano atípico em virtude da pandemia tem sido um obstáculo e tanto para uma cidade como Pimenteiras do Oeste, cuja vocação econômica natural é o turismo. Mas a prefeita não esmorece, e está atuando de forma intensa na questão da sanidade, tanto que por duas vezes, inclusive atualmente, o Município chegou a zerar o número de casos ativos da Covid, e nos últimos dias os únicos dois registros decorrem de casos importados. “Temos enfrentado com firmeza esta questão”, observa.
RETORNO DO FESTIVAL DE PRAIA
Enquanto isso, a administração de Pimenteiras se programa para o retorno à normalidade. “Temos projetos para 2022 e vamos retomar e melhorar nossos eventos voltados a cultura a ao turismo, com a realização do Festival de Praia, o Rodeio de Praia, Torneio de Pesca e o Arraial Flor de Pimenta, e muito mais”, assegura.
Ela também destacou ações voltadas ao fortalecimento do setor produtivo, atendendo pequenos produtores, com o Projeto Semear, voltado ao estímulo de formação de hortas caseiras, com fornecimento de insumos e apoio técnico, iniciativa que tem parceria com a Emater. Os produtores de leite de pequeno porte também recebem atenção, através de programa de estímulo à silagem, com doação de insumos e orientações.
APOIO DO GOVERNO
A prefeita também destacou o apoio que vem recebendo do governo do Estado, e classificou o governo Marcos Rocha como atuante. Ela revelou que o governo colocou à disposição do Município o DER, a SEOSP, SEMTAS e a Casa Civil, dando suporte e realizando ações. “Eu até me emociono em falar. Mas é a primeira vez na história do município de Pimenteiras que temos um governo atuante. E hoje estamos recebendo mais 2.750 metros de pavimentação urbana e dois quilômetros e meio de microrevestimento, mas temos também quatro projetos desenvolvidos pela SEOSP que vão resultar em elevação da qualidade de vida, mais limpeza e mais urbanismo para nossa cidade. O Coronel ajuda muito Pimenteiras”, analisa.
Ela ainda comentou sobre a parceria entre o Legislativo e o Executivo local, que “é produtiva e entre outros benefícios resultou no encaminhamento de 16 emendas parlamentares elaboradas a partir de iniciativas nossas e dos vereadores, mas que tiveram apoio de todos na tramitação com os deputados, e hoje estão em fase de elaboração de convênios”.
EXONERAÇÃO DE COMISSIONADOS
Fechando a entrevista, Valéria comentou sobre uma situação complexa que sua administração enfrentou dias atrás, com a determinação de enxugamento no quadro funcional através da exoneração de 54 comissionados por recomendação do Ministério Público (MP).
“Creio que houve uma grande injustiça partindo de denúncias infundadas; afinal de contas foram 24 servidores da Obras, todos em atividade, e a saída deles causará um impacto negativo no desenvolvimento de nossas ações. Mas temos que atender a determinação do MP e nos adaptar ao parâmetro estabelecido em torno da proporcionalidade entre a quantidade de funcionários efetivos e comissionados. Lamentamos pelas famílias que ficaram sem a fonte de renda principal, e tenho certeza que a pessoa que fez a denúncia, a qual reitero ser injusta, já deve ter se arrependido de seu ato”, encerrou.
Fonte: Extra de Rondônia