Sábado, 16 de novembro de 2024, às 19:39:02- Email: [email protected]



Apesar de alerta da Anvisa, casos de síndrome de Guillain-Barré são raros e qualquer vacina, ou mesmo infecções, podem provocar, adverte imunologista

Foi noticiado recentemente, pela Anvisa, a incidência de alguns casos da  síndrome de Guillain-Barré (SGB), distúrbio neurológico autoimune, após a vacinação contra Covid-19 no Brasil e em outros países. Foram 34 notificações de casos suspeitos de SGB depois da vacinação com a AstraZeneca, Janssen e CoronaVac.

O alergologista e imunologista clínico do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e membro do Conselho da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), Dr. Antonio Condino Neto reforça que qualquer vacina, ou mesmo infecção, pode complicar (raramente) a Síndrome de Guillan Barré.

“O erro do sistema imunológico que gera autoimunidade se volta contra o sistema nervoso causando uma disfunção geral, uma desautonomia podendo evoluir para a paralisia motora ou prejuízo para as funções do sistema nervoso autônomo”, comentou o imunologista da SBTEIM.

Entre os sintomas estão dormências, formigamentos, perda de força muscular e desregulação do sistema nervoso autônomo com oscilação na pressão arterial, na frequência cardíaca e respiratória.

O tratamento é feito à base de reposição de imunoglobominas em alta dose para neutralizar os autoanticorpos e evitar a desautonomia como parada respiratória e cardíaca, além de corticoides e imunossupressores, “existe um tempo para uso dos medicamentos até que o ataque de autoimunidade seja controlado”, finaliza o médico.

SBTEIM

A Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM) tem como objetivo principal reunir profissionais envolvidos com estudos e pesquisa relacionados à Triagem Neonatal no Brasil. Visa ainda estimular e divulgar os processos diagnósticos e terapêuticos de doenças genéticas, metabólicas, endócrinas e infecciosas, que possam prejudicar o desenvolvimento somático, neurológico ou psíquico do recém-nascido.

Anteriormente denominada Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal – SBTN, foi fundada em 18 de setembro de 1999 e, após longo período de inatividade, a SBTN ressurgiu no dia 18 de março de 2016, em São Paulo.

fonte:Maurício Santini


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