Na chegada do fim de ano nos deparamos com diversas sensações: a de agradecimento pela vida, pela continuidade das nossas rotinas que cada dia mais está voltando lentamente, das reuniões de famílias e amigos, dos passeios adormecidos em meio a pandemia, mas tem também aqueles que não conseguem sentir sensação de leveza e alivio porque ainda vivem o luto de alguma perca seja amigo ou familiar .
Em 2020 amanhecemos em um dia tranquilo como outro qualquer e de repente tudo mudou, famílias se separaram, amigos não mais se encontraram, o medo tomou conta de todas as idades, o desemprego aumentou, o mundo ficou preto, o azul do céu deu lugar a uma nuvem cheia de milhares de lágrimas causadas pelas muitas percas.
Como entender uma pandemia que jamais iriamos acreditar vivenciar, como aceitar a despedida de tanta gente em um tempo muito rápido, sem abraços, sem último adeus, sem nenhuma certeza de sobrevivência, sem palavras. Ainda estamos em meio a tudo isso, mas com uma esperança que nos enche o coração, esperança de dias melhores, de recomeçar de onde paramos mesmo não estando tão completos da nossa gente. Porque de certo modo a perca de um ou de muitos afetou a todos.
2021 foi o ano que começamos a respirar aliviados com a chegada da vacina cada vez mais acessível, algo que parecia tão distante, enfim chegou e para isso o futuro ficou mais perto, mais certo.
Exige coragem, desejo de viver, de lutar, de reconquistar, de ser feliz. Mas sabendo que nunca mais do mesmo jeito. O recomeço implica sempre mudanças em nossos atos, nos nossos passos e até na nossa identidade. Nunca tivemos que refletir tanto, reavaliar, mudar, sofrer, mas 2022 requer uma imensa esperança que o céu volta a ficar azul, de dias sem tantos prantos, sem tantos adeus.
Por: Luciana Lopes – Instagram