A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Floresta Protegida para desarticular organização criminosa responsável pela grilagem de terra na Flona Jacundá (RO). Policiais cumprem quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em Rondônia, na manhã desta quarta-feira (8).
Os mandados são cumpridos em Porto Velho, Cacaulândia, Ji-Paraná, Mirante da Serra e São Miguel do Guaporé.
As investigações começaram após diversas denúncias feitas por órgãos de fiscalização, além de flagrantes realizados na região, constatando-se que a Flona Jacundá estaria sendo objeto de invasão e desmatamento por uma organização criminosa armada.
As investigações apontam que o grupo invadiu a Flona Jacundá, e em seguida passou a desmatar, lotear e comercializar, de forma ilegal, glebas no interior da Floresta Nacional. A 3ª Vara da Justiça Federal em Porto Velho (RO) autorizou o sequestro dos bens dos investigados até o limite de R$ 20.608.270,00 para garantir futura execução judicial.
Omodus operandido grupo era o aliciamento de um grande volume de pessoas para aderirem a invasão, no intuito de dificultar, ou até mesmo impossibilitar, a atuação dos órgãos de fiscalização e investigação.
Parte dos investigados possui amplo histórico de atuação em invasões de terra, inclusive foram alvos da Operação Canaã, deflagrada pela Polícia Civil em junho de 2021.
Os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de estelionato, invasão de terras da União, causar dano direto à unidade de conservação e desmatar floresta nativa, portar arma de fogo de uso permitido, constituição de organização criminosa armada e incitação a prática de crime, sem prejuízo de outras imputações penais identificadas ao longo das investigações.
Os presos, após ouvidos na sede da Polícia Federal, serão encaminhados para o sistema prisional onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
Floresta Protegida
O nome da operação,“Floresta Protegida”, faz referência à atuação da Polícia Federal no sentido de preservar e proteger a Floresta Nacional, bem como reprimir a atuação de grupos criminosos na região.
DIÁRIO DA AMAZÔNIA
