Os pesquisadores usaram dados de uma plataforma apoiada pelo governo britânico que coleta informações de quem contraiu a doença –entre elas, os sintomas apresentados e a duração. Segundo o estudo, os casos de “covid longa” foram de 20% a 50% menores durante a onda da ômicron em relação a da variante delta.
A “covid longa” inclui sintomas prolongados como fadiga, “névoa mental” (problemas de memória e concentração) e falta de ar.
Segundo o estudo britânico, 4,5% das 56.003 pessoas participantes que contraíram covid durante o pico da ômicron, de dezembro de 2021 a março de 2022, relataram terem sintomas por semanas ou até meses. No surto da variante delta, de junho a novembro de 2021, 10,8% dos 41.361 participantes tiveram “covid longa”.
A pesquisa comparou apenas pessoas vacinadas contra a covid-19. Os pesquisadores disseram ter dados insuficientes para realizar a comparação entre os não vacinados.
Nos 2 períodos analisados, a participação feminina foi superior à masculina (55% para ômicron e 59% para delta). Os infectados por delta e ômicron apresentaram idade semelhante (média de 53 anos) e a prevalência de comorbidades foi em torno de 19%.
“Acreditamos que este é o 1º estudo revisado por pares a relatar o risco de ‘covid longa’ associado à infecção pela variante ômicron, destacando que a vigilância em saúde usando aplicativos de smartphone pode produzir insights rápidos”, lê-se no estudo.
“As limitações dos dados autorrelatados incluem nenhum teste direto de variantes infecciosas (aqui assumidas a partir de dados nacionais) e nenhuma medida objetiva da duração da doença.”