Terça-feira, 26 de novembro de 2024, às 01:54:02- Email: [email protected]



Conheça a rotina do adolescente de 14 anos aprovado em medicina e direito

Caio Temponi quer tentar o vestibular do ITA. Mas nem só de estudo vive o garoto, que consegue conciliar vida educacional e pessoal
Artur Lesnau

Arquivo pessoal
O dia de Caio Temponi começa cedo. Às 7h30 ele já está de pé. No café da manhã, gosta de comer uma fruta, um cereal ou até mesmo torradas com ovo – o prato de desjejum favorito dele. Por volta das 8h, entrega-se aos estudos, que compõem a maior parte do dia do garoto.

Caio tem 14 anos. Aos 12 passou pela primeira vez no vestibular, na Escola Preparatória dos Cadetes do Ar (Epcar), uma instituição da Força Aérea que prepara jovens para seguirem a carreira militar e se tornarem oficiais.

Depois disso, o jovem passou a colecionar aprovações em universidades. Já passou em direito, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e medicina, na Universidade de Fortaleza (Unifor), todas em 1º lugar.

Quando as pessoas ouvem a trajetória de aprovações de Caio, brincam que ele é “o terror dos primos”. “Muitos falam que não gostariam me ter como primo, mas os meus não ligam muito para isso”, comenta o adolescente com bom humor.

Caio gosta muito de carne. No almoço, adora um frango ou uma carne em geral. A favorita? Uma boa picanha suculenta.

Entra no colégio às 13h e sai só às 22h. Diz que não se sente cansado com essa rotina. Estuda, lancha e janta no róprio colégio, que é preparatório para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos processos seletivos mais difíceis do Brasil. Passar nessa prova é o próximo objetivo do garoto.

Ele vem avançando séries desde o fundamental. A mãe, Laurismara, relata que, quando ele estava no jardim de infância, todos já viam que ele era mais avançado que a série. Aos três anos já lia e recitava de cor as tabuadas. Ela lembra de uma situação divisora de águas para ela brigar para avançar os anos de estudo.

Aos 6 anos, todos os alunos estavam saindo da escola com as camisetas do uniforme autografadas. É tradição, em especial nos anos finais dos ensinos fundamental e médio, que no fim das aulas os amigos assinem os nomes nas camisas dos mais chegados. Com pouca idade, a tradição apareceu na turma. Ocorre que os alunos não sabiam escrever. Era Caio que assinava pelos colegas as camisetas.

Naquele momento, Laurismara decidiu abraçar a causa, já que o menino era à frente dos padrões de conhecimento da classe. Ele tem um QI, índice de inteligência, mais alto que 99% da população mundial. Não cursou o 1º ano do fundamental, pulou para o 2º. Não fez o 3º, foi para o 4º. Depois, pulou do 7º para o 9º. No último salto, acabou no 3º ano do ensino médio, onde está.

O dia dele poderia até parecer penoso, se ele não achasse prazer nos estudos. Desde cedo gostava de aprender. Os pais ajudaram, naturalmente, mas nada funcionaria se ele não encontrasse a felicidade nos livros. “Quanto mais você estuda, mais você gosta de estudar, é natural ao longo do tempo”, ele pontua.

Apesar de estar séries à frente de adolescentes da idade dele, garante que não se sente deslocado. Ele se dá bem com todos os colegas, mais velhos ou na mesma faixa etária. A mãe lembra que nas aulas, ele se relaciona com os colegas mais velhos. Mas nos intervalos prefere passar o recreio com os amigos da mesma idade dele.

Além dos estudos, prioridade na vida dele, Caio também leva uma vida normal de garoto. Gosta de jogar futebol, xadrez e pingue pingue. Curte sair, ir ao shopping e ao cinema. Os gêneros de filmes que mais gosta são ação, ficção científica e aventura. E recomenda um título para quem tem gostos assim: O Preço do Amanhã, de 2011.

metropoles.com


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