Sensação do Campeonato Paulista, e prestes a disputar a sua primeira final da competição, muito se especulou e discutiu para tentar explicar como o Água Santa, este pequeno time de Diadema, alcançou tal feito.
Além do mérito esportivo, pelas grandes atuações e bom desempenho no torneio, há também uma razão financeira: o bicho.
Para quem é alheio ao vocabulário futebolístico, “bicho” é uma expressão que simboliza um incentivo financeiro prometido aos atletas em caso de vitórias.
O diretor-executivo de futebol do clube, Júlio Rondinelli, confirma a prática no clube, e explica que o “estímulo” aumentou após ele e o treinador, Tiago Carpini, convencerem a direção de que esta seria uma forma de motivar ainda mais os atletas.
“Esse ano, em um convencimento não só meu como do Tiago Carpini, a gente mostrou para eles[a direção do clube] que era um estímulo a mais a premiação jogo a jogo direta, não tinha valor acumulado. Então isso motiva demais o atleta a buscar sempre a Vitória”, declarou.
Pelas regras estabelecidas entre diretoria e atletas, vitórias como mandante e visitante, e empates longe do Distrital de Inamar garantem a remuneração extra aos atletas.
“Como a premiação é bastante significativa, fez com que o elenco sempre buscasse a vitória desde a primeira rodada, sem alteração de valor ou de condição”, conclui Júlio.
Segundo apurado pela reportagem, na fase de grupos, o Água Santa pagou cerca de R$ 120 mil por cada vitória na fase de grupos. Como o clube venceu sete jogos e empatou um fora de casa, a premiação ficou acima dos R$ 900 mil.
A classificação contra São Paulo, nas quartas de final, e Red Bull Bragantino, na semifinal, tiveram bichos consideravelmente maiores do que os 120 mil reais.
A reportagem, Júlio confidenciou que caso o clube alcance o inédito título, a premiação é “gigante”.