Uma ponte de madeira, montada por madeireiros dentro da Terra Indígena Karipuna, foi derrubada nesta segunda-feira (7) por agentes da Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A destruição da ponte aconteceu por meio da Operação Salve Karipuna, que segundo a PF busca dar continuação nos ‘trabalhos de prevenção contra a prática criminosa de extração de madeira e garimpo na região’.
Segundo a polícia, a estrutura de madeira estava sendo utilizada para facilitar o acesso dos invasores à Terra Indígena e a consequente retirada ilegal de madeira da área.
Alvo de invasões
A Terra Indígena Karipuna tem mais de 150 mil hectares de área e fica situada a 100 quilômetros da área urbana de Porto Velho.
No ano passado, um relatório do Observatório da BR-319 apontou que a Terra Indígena foi a mais desmatada entre as 69 áreas indígenas que ficam no entorno da rodovia federal BR-319.
De janeiro a dezembro foram 1.733 hectares desmatados na TI Karipuna, basicamente metade de todo o desmatamento registrado nas 10 terras indígenas localizadas no eixo da BR. 2022 também foi o que a T.I mais queimou, concentrando o maior número de focos de queimadas, de acordo com dados do relatório.
Em maio de 2023, a PF iniciou uma série de ações para retirar invasores da área indígena. No dia 11, os agentes encontraram 12 pontos de desmatamento, além de 20 madeireiras e serrarias instaladas nas proximidades da reserva.
Na ocasião os agentes encontraram 12 pontos de desmatamento, além de 20 madeireiras e serrarias instaladas nas proximidades da reserva.
Mais uma operação para retirar invasores da Terra Indígena Karipuna foi realizada no fim de maio, por meio da Operação Borda de Proteção II. Uma ponte usada por madeireiros foi destruída pelos agentes.
Em junho, uma nova operação buscou combater o desmatamento na área da Karipuna.