O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) distribua máscaras de proteção e oriente os povos indígenas de Rondônia sobre os riscos à saúde causados pela fumaça de queimadas e incêndios florestais que têm devastado a região norte do país. A Sesai terá dez dias para apresentar um cronograma com as ações que serão adotadas para atender à recomendação.
Conforme informações obtidas pelo Portal SGC, a poluição do ar atingiu níveis alarmantes em Rondônia, especialmente em Porto Velho, que registrou o pior índice de qualidade do ar do planeta. A exposição à poluição é praticamente inevitável nas aldeias indígenas, devido às particularidades culturais e ao modo de vida dessas comunidades. A recomendação do MPF busca garantir a saúde e o bem-estar dos indígenas em meio à crise de poluição atmosférica que atinge o estado.
O problema se intensifica com a previsão de prolongamento da estiagem e o aumento das queimadas durante o mês de setembro. O nível de partículas inaláveis finas no ar (MP2.5) em Porto Velho chegou a 473 μg/m³ no final de agosto, muito acima dos padrões aceitáveis, o que levou o Governo de Rondônia a decretar estado de emergência em todo o estado. A recomendação do MPF reforça a urgência de medidas para mitigar os impactos dessa poluição sobre a população indígena.
