Segunda-feira, 25 de novembro de 2024, às 05:23:15- Email: [email protected]



Ações de prevenção a monilíase, em Rondônia, incluem controle de origem e destino de amêndoas de cacau

As ações de vigilância, mantidas pelo Governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), para prevenção do fungo Moniliophthora roreri, causador da monilíase do cacaueiro, continuam intensificadas na região de divisa entre Rondônia e o Acre. A estratégia para levantamento de detecção do fungo inclui ainda o cadastramento de pontos de área de risco, prioritariamente nas áreas urbanas dos municípios rondonienses.

Também será realizado levantamento cadastral de comerciantes de amêndoas de cacau, com objetivo de controlar a origem e o destino das amêndoas adquiridas pelo mercado regional. A medida visa ainda obter informações sobre a qualidade e os procedimentos adotados no recebimento e armazenamento das amêndoas.

Em conformidade a essas estratégias, será publicada uma cartilha com orientações sobre biossegurança para instituições que recebem visitas de pessoas oriundas de estados onde a praga está presente. “Paralelo a isso, será dada continuidade às ações de apoio ao controle do foco de monilíase no estado do Acre. Equipes de dois servidores, que irão se alternar na região, com programação até dezembro de 2021, participarão do trabalho de contenção e erradicação da praga na região acreana e fortalecerão as atividades para evitar a entrada da praga nas lavouras de Rondônia”, informou o engenheiro agrônomo João Paulo de Souza Quaresma, coordenador do programa de vigilância e controle de pragas da Idaron.

Segundo ele, os servidores que participam dessas ações cumprem um protocolo de biossegurança, inclusive com assinatura de termo de compromisso para execução de procedimentos relacionados a biossegurança no retorno ao estado.

AÇÕES DE VIGILÂNCIA

As ações de vigilância para o combate à monilíase do cacaueiro, desenvolvidas pela Idaron, são realizadas periodicamente, com levantamento nas lavouras de cacau e cupuaçu em todo o estado de Rondônia. O trabalho foi intensificado depois que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou a detecção de foco de monilíase do cacaueiro na região do município de Cruzeiro do Sul (AC) no dia 8 de julho deste ano.

Considerando a declaração de emergência fitossanitária dado ao estado de Rondônia pela Portaria MAPA n° 249, de 4 de agosto de 2021, devido ao risco iminente de entrada da monilíase, o Governo Estadual definiu metas para o levantamento de detecção da monilíase, sendo todas cumpridas a rigor pelos técnicos da Idaron. “Até o momento, foram realizados 1.172 monitoramentos de propriedades e pontos de risco fitossanitário com cultivo de cacau e cupuaçu”, destacou João Paulo.

FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

Após a confirmação do foco da monilíase em Cruzeiro do Sul (AC), foi formada uma força-tarefa para fiscalização do trânsito na região da divisa entre Rondônia e Acre. “As equipes têm se alternado no posto da Tucandeira, dando total apoio a equipe lotada no posto, e realizado barreiras volantes, com mais de 126 horas de barreira”. Durante as ações, também é realizado o trabalho de educação sanitária, com orientações sobre a praga e seus meios de disseminação e entrega de fôlder explicativo.

CONTROLE DO FOCO

Na região de ocorrência do foco da monilíase, no Acre, a equipe da Idaron se junta a uma força-tarefa multi-institucional sob coordenação do Mapa, que está realizando ações de delimitação de ocorrência e controle do foco da monilíase do cacaueiro, buscando a sua erradicação. “No caso de identificação de suspeita da monilíase, é realizado a coleta de material para análise e envio ao laboratório LFDA-Mapa”, explicou João Paulo.

A Idaron, atendendo solicitação do Mapa, disponibilizará equipes de servidores para a força tarefa, de forma alternada, até o final de 2021. “A Agência rondoniense busca contribuir com a erradicação da praga para que não alcance o estado de Rondônia, ao mesmo tempo que capacita os servidores nas ações de controle de praga quarentenária ausente”, finaliza João Paulo.

FONTE: SECOM


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