Os resultados foram publicados nesta segunda-feira (30) no Journal of Agricultural and Food Chemistry.
O grupo de pesquisadores investigou o efeito anti-inflamatório da combinação de polifenóis com proteínas ao provocar uma inflamação artificial em células do sistema imunológico.
Algumas células receberam várias doses de polifenóis, que reagiram com um aminoácido. Outras receberam apenas polifenóis, enquanto um grupo de células não recebeu nada.
o fim, eles perceberam que as células imunes que haviam recebido polifenóis e aminoácidos (equivalentes ao café com leite) eram duas vezes mais eficazes no combate à inflamação do que as que haviam recebido somente os polifenóis (café).
“No estudo, mostramos que, quando um polifenol reage com um aminoácido, seu efeito inibitório sobre a inflamação nas células imunológicas aumenta. Como tal, é claramente imaginável que esse coquetel também possa ter um efeito benéfico contra a inflamação em humanos. Nós agora vamos investigar mais, inicialmente em animais. Depois disso, esperamos receber financiamento de pesquisa que nos permita estudar o efeito em humanos”, comentou em comunicado a professora Marianne Nissen Lund, do Departamento de Ciência dos Alimentos da Universidade de Copenhague, que liderou o estudo.
O autor sênior do trabalho, o professor Andrew Williams, do Departamento de Ciências Veterinárias e Animais da Faculdade de Saúde e Ciências Médicas, afirmou que os resultados abrem caminho para experimentos mais avançados.
“Isso só nos deixou mais interessados em entender esses efeitos na saúde com mais detalhes. Então, o próximo passo será pesquisar os efeitos em animais.”
Um estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) em 2017, com 550 pessoas, na capital paulista mostrou que o consumo de uma xícara de café por dia pode ser benéfico para a saúde do coração.
E tudo tem a ver com os polifenóis. Apesar de eles serem encontrados em frutas e verduras, o café “acaba tendo maior contribuição nutricional porque o consumo diário dele é mais frequente”, afirmou na ocasião a pesquisadora Andreia Miranda.
“Cerca de 70% dos polifenóis ingeridos por meio dos alimentos pelos paulistanos têm como fonte o café”, disse.
Os polifenóis atrasam a oxidação de substâncias químicas saudáveis no nosso corpo. Dessa forma, protegem órgãos e tecidos de danos ou destruição.