Três desaparecimentos, cercados de mistérios, marcaram diversas gerações de brasileiros. Os casos, que atravessam décadas, tiveram grande repercussão na imprensa, mas nunca foram solucionados pelas autoridades do país. O paradeiro de Carlos Ramires da Costa, Marco Aurélio Bezerra Bosaja e Priscila Belfort ainda é um mistério, assim como o de Madeleine McCann.
A menina desapareceu em uma praia em Portugal quando tinha apenas 7 anos. A última década foi marcada pela busca de agências portuguesas, britânicas e até alemãs, que não tiveram sucesso em localizar o paradeiro da garota.
Ao longo dos anos, muitas informações falsas chegaram a Gerry e Kate McCann, pai e mãe da pequena Madeleine, que hoje teria 19 anos. A última grande história sobre o caso foi o surgimento de Julia Faustyna, jovem polonesa que dizia ser a britânica desaparecida.
Em agosto de 1973, um jovem carioca viveu uma experiência parecida com a de Madeleine. Carlinhos, de 10 anos, foi sequestrado dentro de casa, em um bairro de luxo do Rio de Janeiro, enquanto assistia à novela com a mãe e com os irmãos. O suspeito pelo crime, descrito como um homem negro, de blusa vermelha e cabelo grande, teria cortado a luz da residência antes de invadir e raptar a criança.
Assim como Madeleine, o caso Carlinhos ganhou grande repercussão na imprensa, que, inclusive, foi ao local onde os sequestradores iriam supostamente buscar o resgate. Porém, na hora e data marcadas, ninguém apareceu para recolher os 100 mil cruzeiros (cerca de R$ 400 mil), além dos repórteres e das câmeras de televisão.
Até hoje se acredita que alguém próximo à família tenha encomendado o rapto, já que os cachorros não reagiram ao invasor, que sabia também onde estava o quadro de luz da casa. Com o passar dos anos, ao menos uma dezena de pessoas apareceram publicamente e disseram ser Carlinhos, mas em nenhum dos casos os exames de DNA provaram a versão.