Depois de ter experimentado o gosto do pódio do judô paralímpico nos Jogos do Rio, em 2016, quando ficou com a medalha de prata, a judoca Alana Maldonado, integrante do Time Ajinomoto, tenta neste sábado (28), a partir das 22h30 (horário de Brasília), ir ainda mais longe nos Jogos de Tóquio, na categoria até 70 kg. Líder do ranking mundial, Alana enfrentará em seu combate de estreia a italiana Matilde Lauria, 19ª melhor do mundo.
“Estou na minha melhor forma física e técnica, fazendo os últimos ajustes nos treinos para realizar o meu grande sonho, que é ser medalhista de ouro”, diz Alana, consciente das dificuldades que deverá encontrar nos Jogos de Tóquio. O maior obstáculo em sua trajetória até a medalha de ouro deve ser a mexicana Lenia Fabiola Alvarez, segunda do ranking mundial. “A gente vem se enfrentando em várias finais. Sei que nos Jogos estarão as melhores lutadoras do mundo, então a preocupação não é só com a mexicana, mas com todas as adversárias”, afirmou a atleta do Time Ajinomoto.
Natural de Tupã (SP), Alana Maldonado é portadora da doença de Stargardt e começou a perder a visão aos 14 anos. Desde os quatro, contudo, ela já praticava judô. Foi em 2014, quando entrou na faculdade, que iniciou sua trajetória no judô paralímpico. Desde sua primeira convocação para a seleção brasileira, em 2015, nunca ficou fora do pódio em competições internacionais.
No ciclo até os Jogos de Tóquio, ela faturou o título mundial de 2018, em Lisboa, Portugal, ficou com a medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima-2019, no Peru, e venceu diversas etapas de competições do circuito internacional. A última delas este ano, quando foi campeã do Grand Prix de Baku, no Azerbaijão.