Quarta-feira, 20 de novembro de 2024, às 07:43:58- Email: [email protected]



Hildon, o cabo eleitoral de luxo de Rocha; Raupp pode ser candidato em Rondônia; e Marcos Rogério prefere Expedito

Por Sérgio Pires

BASTIDORES AVISAM: OS BOLSONARO ESTARIAM DECIDINDO APOIAR NOME DE MARIANA CARVALHO PARA O SENADO

Quem será o nome que o presidente Jair Bolsonaro vai escolher para concorrer ao Senado com seu aval? Na verdade, ouve-se nos bastidores que a preferência tanto dele quanto dos seus filhos (principalmente Flávio Bolsonaro, que tem vindo a Rondônia e é muito ligado à família Carvalho) recairá sobre a deputada federal Mariana Carvalho. Seria ela a preferida do Planalto. O que se sabe do que percorre os caminhos internos da nossa política, é que o martelo já estaria batido. Contudo, há outra possibilidade. O empresário do agronegócio, Jaime Bagattoli, tem se apresentado como o verdadeiro amigo e representante do bolsonarismo na corrida senatorial.

Afora fotos sorridentes ao lado do Presidente, não houve, até agora, nenhum pronunciamento de Bolsonaro que avalizasse, publicamente, tal pretensão. Bagattoli está no PL, o partido do Presidente da República, mas não tem, ao menos até agora, o apoio do presidente da siga, Marcos Rogério. O jovem senador, que concorre ao Governo, prefere Expedito Júnior, seu grande companheiro da política regional. Ambos têm uma história de parceria e, se dependesse apenas de Rogério, Expedito seria o nome ao Senado, com apoio formal do PL. Mas o recado do Planalto é claro: a decisão sobre a corrida para a Câmara Alta virá do próprio Presidente e dos seus filhos.

E, neste momento, a escolha teria recaído sobre Mariana Carvalho. Mariana, hoje no Republicanos, aliás, já se apresenta como postulante ao Senado, mas faz parte do grupo político do governador Marcos Rocha, do União Brasil. Caso venha mesmo a ordem do Planalto, poderá acontecer algo inédito na nossa política: dois candidatos bolsonaristas, adversários de peso entre si, teriam que apoiar o mesmo nome para o Senado?

Bolsonaro já avisou seu aliados que aceita qualquer acordo regional, mas não abre mão da escolha do senador ou senadora. O Presidente tem repetido que abre mão de quaisquer acertos regionais, mas não na questão senatorial, porque além da própria reeleição, considera que ter maioria no Senado é sua segunda maior meta. Através desta maioria, ele acredita que poderá, enfim, combater o que chama de partidarismo de esquerda de alguns ministros do STF.

O assunto já domina as conversas nos bastidores. Nem Mariana Carvalho e nem Bagattoli, obviamente, comentam o assunto publicamente. A única nova informação foi dada pelo presidente da presidente regional do Republicanos, o deputado Alex Redano. Ele anuncia que dia 9 de junho, num encontro regional do partido, em Ariquemes, haverá o lançamento oficial da candidatura de Mariana ao Senado.

A ex-ministra Damares Alves já confirmou presença. Há quem diga que o senador Flávio Bolsonaro também virá no evento, para dar o recado do Planalto aos membros do Republicanos e, também, aos seus companheiros do PL. Esperemos para ver se tudo isso vai se consolidar mesmo.

A CAMPANHA COMEÇOU COM O MARCOS ROCHA E MARCOS ROGÉRIO SENDO APLAUDIDOS NA RONDÔNIA RURAL SHOW

O clima político fervilhou nesta quinta, na Rondônia Rural Show. Além do número de visitantes da feita, que em apenas três dias já superou os 200 mil esperados e os negócios, que também passaram do 1 bilhão de reais projetados, foi a política que se destacou em Ji-Paraná, no Parque que sedia a feira. O resumo pode ser dado com a participação, na prestigiada sessão itinerante da Assembleia Legislativa, tanto do governador Marcos Rocha quanto do seu principal adversário para outubro, o senador Marcos Rogério. O jornalista Eduardo Kopanakis, da SICTV e Rádio Parecis, sintetizou, no programa dos Dinossauros da emissora, desta quinta-feira, o que ocorreu: “quando Marcos Rogério discursou, foi muito aplaudido e ovacionado. Quando discursou o governador Marcos Rocha, a cena foi a mesma; aplausos sem fim e ovação”. Ficou muito claro que a presença dos dois nomes de grande importância na política regional, ambos bolsonaristas, foi o grande destaque do dia na feira e na sessão especial da Assembleia Legislativa, comandada pelo presidente Alex Redano e com a presença de grande número de parlamentares. Enquanto os negócios, a visitação e o sucesso da RR Show caminhavam paralelamente, ficou óbvio que são as questões políticas que mexem com grande parte da população. Já temos outros candidatos, é claro, que, no decorrer da disputa, poderão igualmente, chegar com chances muito reais. Léo Moraes e Vinicius Miguel, por enquanto a dupla que disputará o Governo, também têm voto e popularidade. Mas, o que se viu até agora, inclusive porque são os nomes há mais tempo sendo cogitados para a corrida eleitoral, é que são os dois Marcos que, sempre considerando este momento, estão tendendo a chegar ao segundo turno. Vai mudar? Claro que pode. Mas estamos falando do retrato de agora. No futuro, tudo pode ser diferente, pelo dinamismo das coisas da política.

MDB ESTADUAL E NACIONAL SE MOVIMENTAM, QUERENDO QUE RAUPP CONCORRA AO SENADO, NAS ELEIÇÕES DE OUTUBRO

Ainda sobre o Senado: será que ele poderá mudar de ideia? Valdir Raupp, que ainda comemora decisão da Justiça em última instância que o inocentou da injusta acusação de malversação de recursos de campanha, coisa que nunca aconteceu, segundo ficou provado, anda sendo pressionado para voltar atrás na sua decisão, já anunciada, de não participar da eleição deste ano. Nos últimos dias, um dos mais atuantes políticos da história de Rondônia, que, no Senado, teve mandatos de grandes resultados para o Estado, tem recebido insistentes convites para que dispute a única cadeira a que temos direito, na Câmara Alta, nas eleições de outubro. A pressão tem vindo de seus companheiros de partido, o MDB, tanto em nível estadual quanto federal. Por aqui, em nome da poderosa sigla, o presidente regional, o deputado Lúcio Mosquini, é um dos que mais defende que está na hora de Raupp voltar à ribalta da política e concorrer neste ano. De Brasília, o presidente do diretório nacional, Baleia Rossi, também tem enviado persistentes convites para que Raupp reconsidere sua intenção de não participar do pleito. Por enquanto, ao que se sabe, não haveria disposição de Valdir Raupp e nem da sua esposa, a ex-deputada federal Marinha Raupp, de concorrerem a qualquer cargo eletivo em outubro. Mas, como falta ainda muito tempo para a decisão final, tudo pode acontecer. Raupp, até agora, apenas tem dito que só a mão de Deus pode fazê-lo mudar de opinião. Resta aguardar, para saber se a mão divina vai dar a ele alguma indicação sobre o que deve decidir.

TCHAU POEIRA, APOIO AO AGRONEGÓCIO, CRESCIMENTO ECONÔMICO E CABO ELEITORAL DE LUXO: ROCHA ANDA OTIMISTA COM A REELEIÇÃO

Nestas alturas do campeonato, quem anda comemorando bastante é o governador Marcos Rocha. É notória sua alegria e da sua equipe, todos participantes do grande sucesso que é a nova edição da Rondônia Rural Show. O comandante do Estado, candidatíssimo à reeleição, tem tido contato direto não só com prefeitos de todas as cidades rondonienses, como com a população e anda satisfeito com o que tem ouvido. Os programas do seu governo, em parceria com os municípios, têm dado resultados bastante positivos. O Tchau Poeira, por exemplo. que pretende asfaltar mais de 1 mil quilômetros de ruas e avenidas nos 52 municípios (mais do que a distância de Guajará Mirim até Vilhena, se fosse computada apenas uma linha reta) , tem recebido muitos elogios em todos os quadrantes da terra rondoniense. Outra importante parceria, que tem reforçado muito as realizações palacianas, é a do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves. Na campanha que se avizinha, aliás, Hildon deve ser o que se se pode chamar de cabo eleitoral de luxo, no apoio à busca de Rocha pela reeleição. Os investimentos do Estado na produção, a parceria com o agronegócio, que cresce cada vez mais e o desenvolvimento econômica de Rondônia, bem acima dos índices nacionais, certamente serão importantes cartas na manga do grupo do Palácio Rio Madeira/CPA, na batalha pela reeleição que, obviamente, será muito difícil, até pela qualidade dos adversários. Mas que há otimismo pelos lados do Palácio Rio Madeira/CPA, neste momento, sobre isso não há dúvida nenhuma!

NOVA AÇÃO DA PF CONTRA MADEIREIROS E GARIMPEIROS EM ÁREAS INDÍGENAS: NO MÊS QUE VEM, COMEÇA TUDO DE NOVO!

Ações da Polícia Federal continuam descobrindo invasões de garimpeiros e madeireiros nas terras indígenas. Nesta semana, mais uma operação da PF ocorreu na região da Reserva Roosevelt, entre Pimenta Bueno e Espigão do Oeste, aquela mesmo onde se diz que há a maior mina de diamantes da maior pureza do Planeta. O trabalho dos federais tem se concentrado em descobrir exploração ilegal, mas principalmente de madeira. Na questão dos diamantes, busca-se também garimpeiros ilegais, mas o que mais existe naquela região são acordos entre caciques e contrabandistas, para a retirada do nosso rico mineral. O diamante, aliás, é o mineral que apresenta a maior dureza na escala de Mohs, ou seja, não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou substância que possua uma dureza inferior a 10. Ele é, em Rondônia, o que mais atrai a cobiça internacional. Os madeireiros ilegais têm que ser, mesmo, retirados da área. Muitos deles já criaram estrutura para retirada ilegal de madeira. Tanto eles quanto os garimpeiros atacam as riquezas das terras indígenas, inclusive abrindo pistas ilegais para pouso de pequenos aviões, como novamente foi descoberto. O problema, nessas áreas, é que tudo é feito com gastança, com barulho, mas sem resolver nada. A PF retira algumas dezenas de invasores e uma semana depois, lá estão eles, todos, novamente. Enquanto não houver uma estrutura estatal de presença da polícia, um posto de arrecadação de impostos, para as riquezas que hoje só enriquecem contrabandistas, as ações são apenas enxugamento de gelo. Nestes últimos dias, foi o que se viu, novamente, na área de Roosevelt.

OUTRA VEZ, PRÉDIOS TREMEM NO CENTRO DE PORTO VELHO E ASSUSTAM MORADORES E SERVIDORES PÚBLICOS

Um terremoto potente, com força de 7,2 na escala Richert (que vai até 9, o que seria altamente destrutivo), deu um grande susto em quem mora em prédios mais altos em Porto Velho e, também, em quem trabalha nos prédios do Palácio do Governo, Assembleia Legislativa e de vários órgãos públicos, como o do TJ, que ficam todos próximos, nas imediações do centro da Capital. O epicentro do tremor ocorreu na vizinha Bolívia, na área de Puerto Acosta. Muita gente saiu correndo, porque os prédios sofreram pequenos abalos, embora sem maiores consequências. O terremoto começou a ser sentido nas primeiras horas pós amanhecer, quando a maioria dos prédios atingidos já estava cheia, com os funcionários recém chegados. Nos prédios residenciais mais altos, como o que existe próximo à agência do Banco do Brasil, na Esplanada, embora a segurança total e absoluta, o susto foi ainda maior. Nada sério, até porque eventuais abalos sísmicos ocorrem nesta região até com frequência, mas quando as ondas, mesmo já enfraquecidas, chegam por aqui, causam medo naqueles que estão em prédios mais altos e que se “mexem”. Em Porto Velho e na região, onde o abalo foi sentido, não aconteceu nada mais preocupante. Apesar do susto e da correria em alguns prédios, causados pelo medo nos prédios atingidos, não há registro de nada mais grave e nem de ninguém ferido. Tanto a Bolívia quanto o Peru ficam no encontro de duas placas tectônicas que se confrontam na região e sempre que elas se chocam, há um terremoto. Este da Bolívia, muito forte, felizmente ocorreu a mais de 200 quilômetros de profundidade. Nos últimos meses, foram sentidos vários eventos semelhantes na região de Porto Velho. Ainda bem que tudo não tem passado de pequenos sustos e contratempos.

CONFRONTO COM EMPRESÁRIOS BOLSONARISTAS: MINISTRO DO STF É CONVIDADO E DEPOIS “DESCONVIDADO” PARA PALESTRAR EM CIDADE GAÚCHA

Os confrontos políticos/ideológicos, envolvendo o governo Bolsonaro e ministros do STF, está chegando a patamares preocupantes. Nesta semana, um acontecimento na cidade gaúcha de Bento Gonçalves, uma das maiores produtoras de uvas e vinhos do país, trouxe à tona algo que, acontecesse há algum tempo, ninguém acreditaria. Mas é pura verdade. O respeitado Centro da Indústria e Comércio, entidade representante do empresariado da cidade e de localidades vizinhas, agendou uma palestra, para 3 de junho (sexta-feira da semana que vem), com o ministro Luiz Fux, do Supremo, que seria um dos nomes dos que estaria no grupo que os bolsonaristas denunciam como uma espécie de ala esquerdista, dentro do STF. Tão logo começou a divulgação do evento, vários empresários, entre os que mantém financeiramente a instituição, começaram a fazer uma série de protestos, primeiro pelas redes sociais, depois em contatos diretos com a diretoria do Centro, exigindo que o convite e obviamente a palestra, fossem cancelados. Depois do “desconvite” dos empresários, membros da OAB da cidade decidiram manter a agenda do ministro e convidá-lo para a palestra, que então seria realizada na mesma noite de 3 de junho, mas não mais na sede do Centro da Indústria e Comércio e sim num local conhecido como Spa do Vinho. No final das contas, alegando “questões de segurança”, o próprio Ministro do Supremo desistiu de ir à cidade serrana dos gaúchos. Ou seja, convidado, desconvidado, convidado de novo, Fux optou por recolher os flaps e não fazer palestra alguma. Dá pra acreditar onde as coisas estão chegando?

ESCOLAS DE PORTO VELHO ABRIGAM MAIS DE 400 CRIANÇAS ESTRANGEIRAS, A GRANDE MAIORIA DE FAMÍLIAS QUE FUGIRAM DA DITADURA VENEZUELANA

Um número divulgado pela Prefeitura de Porto Velho, nos últimos dias, chamou a atenção: nosso ensino municipal abriga mais de 400 crianças estrangeiras, algo que seria incomum, caso não fossemos uma região de fronteira. Mas, embora os pequenos bolivianos estejam muito perto de nós, não são eles a maioria, nos educandários da Capital. No total, são 80 crianças de origem no nosso mais próximo vizinho. Contudo, salta aos olhos o total de alunos venezuelanos, cujos famílias, em sua grande maioria, fugiram da ditadura comunista de Nícolas Maduro e vieram se abrigar em terras rondonienses. Também dos que fugiram de tragédias, há pelo menos 23 filhos de haitianos, entre os que ficaram aqui, depois de fugidos do terrível terremoto de 2012, quando morreram mais de 230 mil pessoas e outras 1 milhão ficaram desabrigadas, em seu país. Centenas de famílias vieram para o Brasil e muitas acabaram no norte. Parte delas foi distribuída em outras regiões, mas, entre os que ficaram, a Secretaria Municipal de Educação e a de Assistência Social e da Família, se uniram para atender a todos. Nas nossas escolas, abrigamos ainda pequenos estudantes do Peru, da Espanha, de Portugal e até dos Estados Unidos. A competente e dedicada secretária municipal de Educação de Porto Velho, Gláucia Negreiros, que voltou ao comando da Semed, após poucos dias afastada, comemora a integração das crianças de outras nacionalidades e destaca que os serviços da ação social, também fazem o acompanhamento das famílias. Gláucia, aliás, tomou uma decisão da mais importantes: ao invés de ser candidata nas eleições deste ano, optou por permanecer onde realmente gosta, ou seja, à frente de uma secretaria atuante e que tem prestado grandes serviços à educação.


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