Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 14:36:56- Email: [email protected]


Profissional do sexo trans revela detalhes da profissão e diz que homens casados pagam para conversar sobre problemas familiares

De serventes de pedreiro a políticos, uma transexual que atua a três anos como acompanhante de luxo em Vilhena, afirma possuir público masculino e feminino variado e que alguns clientes contratam seus serviços apenas para conversar sobre problemas conjugais.

Para saber como os profissionais do sexo estão fazendo para se manter financeiramente com as restrições da pandemia, uma vez que a Assistência Social do município afirma que tem prestado apoio a alguns que perderam a única fonte de renda com o distanciamento social, a reportagem do site procurou uma transexual, que trabalha na área e ela afirmou que a fidelidade de seus clientes tem se mantido durante a crise sanitária.

Segundo a profissional do sexo, que atua no ramo por gostar, mesmo com as restrições, não lhe faltam clientes das mais variadas idades, que vão de 18 a 70 anos.

Apesar de atender casais e grupos, a jovem, que cobra um cachê entre R$ 100,00 a R$ 200,00 por hora, relatou que grande parte de seus clientes são homens, que atuam em vários ramos de profissão, sendo trabalhadores da construção civil, caminhoneiros, empresários, médicos e até políticos.

Com um público bem variado que engloba casados e solteiros, a trans relatou que não há forma de se proteger nesse ramo, porém, devido aos riscos de contaminação, se tornou mais seletiva e mantém uma clientela fiel, que são é bem generosa na hora de lhe presentear.

Dentre os casos mais estranhos que tem presenciado no ramo, estão os clientes que pagam apenas para observar, sem toque e sem intimidade sexual.

Porém, na pandemia, a trans afirmou que aumentou a procura da parte de homens casados que apenas querem conversar sobre seus problemas familiares. A procura por parte de casais que querem apimentar a relação, também está em alta na pandemia.

“As pessoas, mesmo trancadas em casa, estão carentes de afetividade e preferem procurar uma profissional, pois pagando eles se sentem mais seguros para se abrirem sobre seus problemas”, relatou a trans.

A jovem relatou ainda que a dificuldade emocional que muitas pessoas estão enfrentando na pandemia é comum para as trans, uma vez que elas já convivem com a discriminação a vida toda e que muitas entram na prostituição por não serem aceitas no meio familiar ou político no geral.

“Uso meu trabalho como acompanhante de luxo como forma de empoderamento, pois escolho com quem vou sair e ainda ganho em cima disso”, concluiu a jovem.

Fonte: Folha do Sul


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