As tartarugas saem do rio em direção às praias. Elas cavam o ninho, depositam os ovos e os cobrem com areia, em seguida retornam ao rio. A partir dai os agentes da Ecovale junto com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) identificam os ninhos e seguem com o monitoramento e fiscalização.
As comunidade tradicionais de conservação também ajudam na conservação da espécie. O objetivo da ação nessa fase, é garantir eclosão dos ovos. Que sem o monitoramento seriam alvos de outros animais ou a captura e pesca ilegal. Na região há um alto consumo de carne e ovos de tartarugas.
Em seguida, as tartaruguinhas são retiradas dos ninhos e transferidas para uma área segura, que são os cercados de incubação localizados na praia. Onde os animais permanecem até a soltura.
“Com esse apoio e coleta conseguimos ter uma taxa de natalidade maior, pois após a coleta e realizado a soltura em praia aberta e com todo apoio para que elas cheguem à água sem intercorrências naturais” explica o biólogo Leandro Almeida.
Preservação
A ação auxilia na diminuição do índice de mortalidade. Em média um ninho tem de 120 a 180 ovos e apenas 20% das tartarugas vão chegar aos rios e desses, e somente 2% chegarão à vida adulta.
Existem cerca de 142 mil matrizes manejadas na região amazônica, sendo que 77% destas são encontradas em território brasileiro.
Atualmente as tartarugas da Amazônia são uma das espécies mais ameaçadas devido a coleta excessiva dos ovos e tartarugas adultas, para consumo e venda ilegal a biopirataria.
Como em muitas espécies de quelônios, a determinação da tartaruga-da-Amazônia depende da temperatura, ou seja, a temperatura no interior do ninho durante o segundo terço da incubação determina o sexo dos filhotes. Ou seja, temperaturas altas geram mais fêmeas e temperaturas baixas geram mais machos.
DIÁRIO DA AMAZÔNIA