Pois esse time existe, é o Paris Saint-Germain, e quer provar, contra o Bayern de Munique, pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões nesta terça (14), às 16h, que superou o fantasma de sempre falhar na “hora H”.
A primeira pergunta que vem à mente é: como um time com Messi, Neymar e Mbappé ainda não conquistou a Liga dos Campeões?
Tudo bem que Messi tem apenas uma temporada completa. Mas o diagnóstico é o mesmo há anos: o PSG tem grandes talentos, craques capazes de decidir jogos. Mas quando chegava na hora H, sofria com lesões (principalmente de Neymar) e um elenco curto, em especial no meio de campo.
A ideia ficou evidente após o PSG ser eliminado de forma cruel pelo Real Madrid na última Liga dos Campeões. No jogo de ida, o 1 a 0 para a equipe francesa ficou barato: foi um domínio total e grande atuação de Courtois. No Santiago Bernabeu, Mbappé abriu o placar com assistência de Neymar e tudo parecia ir bem.
Mas aí veio Carlo Ancelotti e um nó tático que jamais será esquecido. O treinador trocou Kroos por Camavinga e Asensio por Rodrygo para mudar a forma do Real marcar o PSG. Com uma postura mais avançada e Camavinga anulando Messi, o Real fez três gols e impôs mais um trauma.
Ancelotti mirou em algo muito básico: por mais craque que Neymar, Messi e Mbappé sejam, eles não jogam sozinhos. Precisam de um time que dê a bola para eles decidirem. Que proteja a defesa. Que segure para os craques decidirem.
Não há exemplo melhor do que a Copa do Mundo, com Rodrigo De Paul cobrindo Messi pela direita. Ou Griezmann se tornando um “faz tudo” no meio para Mbappé não voltar para marcar.
É por isso que o PSG adotou medidas drásticas. Renovou com Mbappé pela astronômica quantia de o R$ 1,5 bilhão em luvas, além de oferecer um salário de R$ 525 milhões por temporada ao jogador. Promoveu saídas de vários jogadores de tarimba e contratou jovens como Mukiele, Ekitiké, Vitinha, Fabián Ruiz e Carlos Soler.