Sexta-feira, 26 de abril de 2024, às 15:01:04- Email: [email protected]


Rondoniense já paga gasolina a menos de 5 reais o litro e tendência é baixar ainda mais, nas próximas semanas

O assunto ainda envolve uma grande discussão política, ainda mais às vésperas da eleição

Sérgio Pires

Claro que é um tema discutível, já que muitos especialistas consideram que a essência do problema não está resolvida. Mas milhões de brasileiros que dependem dos seus carros para trabalhar, para produzir, para andar pelas cidades, para levar seus filhos à escola ou seus idosos ao médico; quando precisam sobreviver nestes tempos em que o transporte público é ainda muito deficiente, quando existe, são beneficiados com a grande queda no preço da gasolina. Claro que os descontentes dirão que gasolina mais barata não significa pão menos caro, leite com preço acessível, carne com custo menos abusivo. E, sim, nesse raciocínio há razão, porque num país onde o sistema de transporte de bens e alimentos ainda é o rodoviário, este custo só baixará mesmo quando cair bastante o preço do litro do óleo diesel. Mas como ignorar a importância desta baixa no preço da gasolina, sobre o custo de vida de milhões de brasileiros que têm veículo próprio? No ano passado, o Brasil já caminhava para um total de 60 milhões de veículos, ou seja, numa conta simples, um em cada 3,5 brasileiros tem carros, camionetas ou motos. Os números do final de 2020: perto de 39 milhões de carros; 13 milhões de motos; 5 milhões e 700 mil de veículos comerciais leves; mais de 2 milhões de caminhões e cerca de 400 mil ônibus. A imensa maioria dos veículos é ainda movida a gasolina. Então, como essa queda no preço não é positiva para a economia, já que afeta positivamente tantos milhões de pessoas neste país?

Em Rondônia, pelas contas de um especialista do setor, caso não tivesse havido as medidas de diminuição no preço da gasolina, ela já poderia estar batendo em, pelo menos, 6,50 reais por litro, até porque o valor baixou também no mercado internacional. E quanto está hoje, nos postos rondonienses? Na grande maioria deles, já baixou para menos de 5,20 mas, quem procurava um pouco, já encontrava o combustível a 4,99 e até 4,95. Há uma previsão de novas baixas no preço final, nos próximos dias e nas próximas semanas. Ou seja, sem os cortes feitos nos tributos federais e estaduais, o rondoniense estaria pagando pelo menos 30 por cento a mais do que o menor custo nas bombas dos postos. ­­É uma solução parcial, até porque os preços dos combustíveis dependem mais do mercado internacional do que qualquer outro fator. Não se pode ignorar também a participação dos Estados, que estão abrindo mão de parte das suas receitas, para manter o valor da gasolina fora do contexto abusivo a que já estávamos submetidos. O assunto ainda envolve uma grande discussão política, ainda mais às vésperas da eleição. Mas, para o dono do carro que estava desesperado com os aumentos até a cada três dias do combustível, o que importa é o que está acontecendo de alívio ao seu bolso, neste momento. Vai resolver por longos anos o problema? Obviamente que não. Mas enquanto durar, vai dar ao brasileiro, principalmente o da classe média, a chance de não ver boa parte do seu exíguo dinheiro ser engolido cada vez que vai abastecer.

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