A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em vários endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo, na manhã desta terça-feira (26). As equipes estão, neste momento, no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do estado, Wilson Witzel, e na casa onde ele morava antes de ser eleito, no bairro Grajaú.
Os agentes da PF também estão no endereço onde fica o escritório em que Helena Witzel, primeira-dama do estado atua, além da casa do ex-subsecretário de saúde, Gabriell Neves, no Leblon, zona sul da capital fluminense. Mais cedo, ainda na madrugada, os policiais estiveram no Aeroporto Internacional do Galeão onde uma equipe da Polícia Federal de Brasília desembarcou pouco depois de 5h30.
De acordo com a analista da CNN Basília Rodrigues, Witzel foi alertado na semana passada por pessoas próximas de que seria alvo de operação da PF nos desdobramentos das investigações no estado – incluindo a possibilidade de ser preso –, mas ele não sabia a data dessa operação.
Auxiliares do governador afirmaram que ele ficou surpreso aos ser acordado, por volta das 6h, por agentes da PF.
A Operação Placebo apura desvios na saúde pública do Rio em negociações de emergência durante a pandemia do novo coronavírus.
A investigação envolve a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal e aponta para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio de Janeiro.
Neves foi preso em uma operação do Ministério Público Estadual no dia 7 de maio suspeito de integrar uma organização criminosa que visava obter vantagens em contratos emergencias para aquisição de respiradores pulmonares utilizados no tratamento de pacientes da Covid-19. Ele havia sido sido afastado da Secretaria Estadual de Saúde, em 20 de abril, semanas antes de ser preso.
São cumpridos 12 Mandados de Busca e Apreensão, 10 no Rio e 2 em São Paulo. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Da CNN