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Vídeo: Marcha dos Prefeitos alimenta mercado do sexo em Brasília

Prefeitos, prefeitas, vereadores, vereadoras, secretários e secretárias municipais tem sido um público muito aguardado em Brasília todos os anos e movimentam a economia formal e informal da capital federal pelo alto consumo se serviços que requisitam nos dias em que viajam para buscar recursos para os seus respectivos municípios. A gastança dos representantes dos municípios vai desde restaurantes famosos à casas de shows e prostituição com direito a escândalos públicos e abafados.

A Marcha dos Prefeitos à Brasília, que foi criada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com o objetivo de fortalecer a relação com o governo federal no que tange o repasse de recursos, apresentação de reivindicações e aproximação político-administrativa dos poderes, está a cada edição perdendo o seu foco principal e se transformando numa verdadeira maratona sexual, com escândalos envolvendo prefeitos e vereadores e secretários de todo o país.

Não são incomuns os relatos envolvendo garotas de programas, escândalos em hotéis e boates, patrocinados, claro, com o dinheiro público, através de polpudas diárias que bancam as despesas dos representantes do povo. Os registros do fuzuê na capital federal não contemplam apenas representantes do sexo masculino. Há muitos relatos de prefeitas, vereadoras e secretárias municipais que participam das orgias, junto com os prefeitos ou em sessões de safadezas separadas.

Quem conhece os bastidores da política em Brasília sabe que alguns hotéis têm inclusive, uma espécie de cardápio, onde o “turista” pode escolher a garota ou garoto de programa da cor, corpo, opção sexual ou preço que quiser, que atendem nos próprios hotéis ou em locais mais reservados como boates, saunas ou apartamentos. Além dos prefeitos, há deputados e senadores que também participam das festas e muitas vezes até patrocinam este ou aquele prefeito, de acordo com a popularidade e a quantidade de votos que representam.

Sexo oral no elevador

https://www.youtube.com/watch?v=_vCqs1_4OYI

Como exemplo flagrante desta marcha da sacanagem em Brasília, o jornal Metrópoles, um dos mais conceituados informativos eletrônicos no país publicou nesta terça-feira, 30, um vídeo em que um prefeito do Paraná aparece recebendo sexo oral de uma mulher de cabelos pretos dentro do elevador do hotel. Na mesma postagem, o jornal atribui a imagem de um outro homem andando no elevador e nos corredores de um hotel na capital federal, completamente nu, como sendo de um prefeito de Rondônia que esteve em Brasília do último dia 02 de abril.

No vídeo, sem pudor algum, o prefeito de Tibagi (PR), cidade de 20,5 mil habitantes a 1.261 quilômetros da capital federal e a 184 quilômetros de Curitiba, aproveitou o elevador para praticar sexo oral. As gravações mostram o momento exato em que Rildo Emanoel Leonardi (MDB) se relaciona com a mulher, supostamente uma garota de programa, que lhe acompanha no trajeto. O flagrante ocorreu na madrugada de 4 de abril deste ano, dias antes do início oficial do evento.

Rondoniense peladão

Além de Rildo, outro prefeito protagonizou cenas que deixaram os hóspedes do mesmo hotel, no Setor Hoteleiro Sul, estarrecidos. O chefe do Executivo de um município de Rondônia foi flagrado pelas câmeras circulando completamente nu pelo corredores do hotel. Na ocasião, o político deixou a suíte por volta das 4h e percorreu toda a extensão do corredor caminhando tranquilamente. Desorientado, ele entra no elevador social e aperta o andar térreo.

Bocejando, o prefeito olhou para as câmeras e desceu até o saguão. Ele acabou contido pelos funcionários do hotel e retornou ao elevador. O político, então, seguiu até o andar onde estava hospedado e voltou para o quarto.

No dia seguinte, ele “foi convidado” a se retirar do hotel pela administração-geral. Argumentou, aos gerentes, que havia cometido o erro de ingerir bebida alcoólica após tomar remédios para dormir. Em sua versão, confirmada por responsáveis pelo hotel, o prefeito mostrou os medicamentos. Assim, foi permitido que ficasse mais duas noites em suas acomodações.

Como neste caso existe uma brecha para que o incidente tenha sido provocado por uma reação ao uso de remédios controlados, a reportagem optou por não revelar a identidade do político.

Farra e prostituição
Em abril de 2016, o portal publicou matéria sobre a farras dos vereadores durante os dias da Marcha em Brasília. Ao longo de duas noites, a reportagem acompanhou a aventura dos políticos de outros estados no DF.

Três endereços principais abrigaram os participantes do evento: os setores hoteleiros Sul e Norte e o Setor de Clubes Esportivos Norte. Os parlamentares não perderam tempo e se ambientaram rapidamente, em casas de massagem, bares com prostituição camuflada e prostíbulos de luxo em pleno coração da capital federal.

O detalhe nada republicano disso tudo é que a diversão dos excelentíssimos vereadores foi paga pelos municípios de origem. Somente com inscrição naquela época, os parlamentares gastaram quase R$ 700 mil. A hospedagem em hotéis luxuosos e alimentação entram nessa conta, paga pelo contribuinte.

Prática antiga

A Farra dos prefeitos e vereadores em Brasília, bancada pelo dinheiro público também foi destaque nacional em publicação feita pelo canal Último Segundo, do provedor IG, em 2014, quando aconteceu a 17ª Edição da Marcha dos Prefeitos. Na ocasião, uma reportagem assinada pelos jornalistas Marcel Frota e Wilson Lima, com fotos de Alan Sampaio já retratava que a Marcha dos Prefeitos alimentava o mercado do sexo em Brasília.

Segundo a reportagem, em 2014, a 17ª Marcha dos Prefeitos movimentou de forma anormal não apenas os corredores do Congresso Nacional e o trânsito na Esplanada dos Ministérios. Outro círculo também se preparou para absorver a movimentação dos prefeitos que vieram do Brasil todo para o encontro. Prostitutas que fazem ponto nas boates mais conhecidas da capital federal também se prepararam para o trabalho extra. Além dos chefes dos executivos municipais, contribuem com a prosperidade do mercado de sexo nos três de dias do evento assessores e vereadores.

Garotas de programa chegavam a se deslocar de outras cidades para atender à demanda, quando prefeitos pagavam até R$ 1 mil por um programa e R$ 500 por uma garrafa de uísque 8 anos. Hoje, o custo de uma prostituta de luxo pode chegar a 10 mil reais por apenas uma noite e um litro de uísque de boa qualidade não custa menos de 2 mil reais.

“Desde o início da semana, muitas garotas de programa se disseram empolgadas com um crescimento do movimento. Uma delas, que trabalha há aproximadamente cinco anos e se identificou como Morgana, contou que a Marcha dos Prefeitos tem sido um dos principais eventos das profissionais do sexo. “É muita gente e sem dúvida a demanda cresce nesse período. Depois desse encontro de prefeitos, as coisas vão melhorar apenas na Copa do Mundo”, afirmou

Eduarda, outra profissional do sexo com a qual a reportagem manteve contato, também revelou animação com o encontro de Prefeitos. “É um período que dá para faturar fácil. Muitos prefeitos aproveitam para fazer em Brasília o que não podem fazer em casa”, admite ela, funcionária de uma casa noturna. “Mas é bom ficar de olho. Muitos deles (clientes) são muito discretos, hoje tem muita mídia em cima”, acrescenta ela. “Tá parecendo pescaria, nem dá tempo de sair do táxi que alguém já fisga. Tá demais essa Brasília”, ilustrou um deputado da base governista sobre a agitação do mercado do sexo durante esta semana.

em 2014, o preço do programa variava bastante, dependendo do perfil da prostituta e do local da abordagem. Em geral os valores giravam entre R$ 200 e R$ 500 em alguns dos pontos visitados pela reportagem, mas o movimento ajuda a puxar os preços. Uma das garotas contou, na época, que conseguiu subir o valor para R$ 1 mil.

Concorrência das forasteiras

A demanda incomum que gera disputa entre as garotas de Brasília atrai também profissionais de fora da capital federal. Na Alfa Pub, que fica na região central de Brasília, um dos funcionários revela que a notícia a respeito do Encontro de Prefeitos atrai garotas que trabalham em Goiânia, mas que não hesitam em percorrer os cerca de 200 quilômetros que separam a cidade de Brasília para faturar um extra. A chegada das goianas acirra a concorrência, mas os clientes não reclamam do aumento da oferta. A reportagem presenciou a animação de prefeitos que chegavam ao local. Inicialmente tímidos, eles logo entravam no clima.

Mas o movimento incomum e tudo aquilo que a clientela de fora da cidade traz atrapalha o mercado, na opinião de algumas garotas de programa. É a opinião de Camille, por exemplo, que forneceu cartão para reportagem perto do Alfa. “Muitos políticos vêm de lugares que não têm muitos recursos financeiros. Eles vêm justamente atrás de verbas e não têm muito dinheiro para gastar com garota de programa e isso acaba tumultuando. Talvez a presença deles seja boa para aquelas que cobram mais barato, para mim não”, diz ela.

Funcionários da casa noturna Apple’s, uma das principais de Brasília, admitiram que a movimentação atípica não mexe somente no quadro de garotas disponíveis, mas também cobra uma atenção especial com o bar. Em dias como terça-feira, por exemplo, o movimento foi comparado ao entra e sai dos finais de semana, quando o trânsito de clientes é maior. A boate preparou seu estoque de bebidas com essa previsão.

Taxistas também ficaram animados com a possibilidade de um lucro a mais com o encontro de prefeitos. Eles admitiram que recebem uma boa quantia em dinheiro das boates para cada político que eles conseguem levar para as casas de strip-tease. Um taxista que somente em uma noite, levou seis prefeitos a uma casa de strip-tease.

Dentro das boates, a movimentação foi intensa na última terça-feira. Na Apple´s Night Club, foram identificados identificar pelo menos 30 prefeitos de cidades do Ceará, Santa Catarina, Acre, Paraíba e Piauí. Por volta das 23h20, por exemplo, chegou na Apple’s, de uma só vez, uma comitiva com cinco prefeitos cearenses em busca de diversão. Havia petistas, pemedebistas e petebistas entre os prefeitos identificados.

A rede hoteleira, superlotada, também viveu dias atípicos. A movimentação das prostitutas chamavam a atenção até mesmo os funcionários, acostumados com o assedio das profissionais do sexo a alguns clientes. Houve até quem relatasse ter sido abordado nos corredores de um hotel de luxo. “O senhor é prefeito?”, perguntou uma prostituta a um dirigente partidário que estava apenas de passagem por Brasília na quarta-feira e se hospedou num hotel de luxo da capital.

A proximidade do setor hoteleiro é uma vantagem da Alfa Pub. A entrada do bar, que não passa de um salão tosco com mesas e um balcão sem um pingo de glamour, fica a menos de 50 metros da entrada de um hotel. Algumas profissionais se revezam entre o bar, no qual pagam R$ 40 de entrada, e as adjacências. Muitas conseguem emplacar um programa atraindo clientes do hotel. As meninas que fazem ponto no bar enfrentam ainda a concorrência de colegas que atuam do lado de fora.

Além das prostitutas que trabalham na rua, muitas fazem ronda, dentro do carro. Distribuem cartões e fazem ofertas aos transeuntes. Algumas roubam clientes do bar esbanjando simpatia e sensualidade e fecham o programa com clientes que estão a caminho do Alfa, mas, seduzidos no caminho, desistem do bar e vão direto ao que interessa.

Concorrência online

Apesar do crescimento notado pelos profissionais que trabalham nas boates, alguns admitem que já houve dias melhores. Funcionário do Star Night, casa que a exemplo do Alfa Pub funciona como ponto de encontro, admite que o assédio da mídia e reportagens que falam sobre a orgia dos políticos na capital provocaram a desconfiança geral. Muitos preferem usar portais especializados em oferecer o serviço de garotas de programa a ter de comparecer a uma boate.

A disseminação de celulares com câmera também contribuiu para aumentar o receio dos prefeitos. “Hoje em dia, qualquer um saca o celular e faz uma foto. Eles ficam com medo”, diz um funcionário da Star Night. Segundo o mesmo funcionário, esse tipo de coisa relativizou o crescimento do movimento em algumas casas, sobretudo as menores e aquelas que, ao contrário da Apple’s, não oferecem nenhum diferencial, como shows de strip-tease.

A internet só não consegue suprir o desejo dos grupos que, além de sexo, procuram um ambiente para farrear ao lado de garotas de programa em confraternizações regadas a muito álcool. Um garçom do Alfa Pub conta que os grupos esvaziam garrafas de uísque com uma velocidade que chama atenção até dos consumidores mais assíduos. “Em meia hora eles acabam com uma garrafa de uísque”, diz o garçom. Em 2014, a garrafa do scotch mais barato, envelhecido 8 anos, saia por R$ 500, mas se escolher bebericar em doses a mesma quantia custa R$ 720. O mesmo uísque era vendido em mercados da cidade por R$ 80. Na Apple’s, uma lata de cerveja chegava a custar R$ 25, a mesma cerveja é vendida a R$ 2 em mercados de Brasília. A caipirinha feita com vodka é vendida por R$ 45.

Nos valores de hoje os hóspedes de luxo da capital federal, bancados pelo dinheiro do contribuindo diluído em diárias e passagens aéreas chegam a gastar até 10 mil em uma única noite.

Do Diário da Amazônia, Metrópoles e IG (Planeta Folha)


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