Na última quinta-feira (7), o jovem Jhonatan Kallil, de 17 anos, foi oficialmente anunciado como o vencedor do Concurso Nacional de Desenho da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) de 2024. O estudante da Escola Estadual Gonçalves Dias, de Ji-Paraná, Rondônia, garantiu o prêmio com um desenho que celebra os biomas do Brasil e a diversidade cultural do país. Sua obra, que ilustra a fauna e flora brasileiras, foi escolhida entre 606 inscrições de todo o Brasil.
A premiação, que ocorreu em Brasília, incluiu uma viagem à capital federal, um tablet, fones de ouvido e um conjunto de cartões postais com o desenho de Jhonatan. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, esteve presente na cerimônia e entregou o prêmio, destacando a importância do concurso na popularização da ciência entre os jovens.
Persistência e Criatividade
Este foi o terceiro ano consecutivo que Jhonatan se inscreveu no concurso. Embora não tenha sido finalista nas edições anteriores, ele nunca desistiu de sua paixão pela arte. “Se eu quero fazer algo, não vou desistir até alcançar o resultado que me faça feliz”, afirmou. A persistência de Jhonatan também se reflete em sua trajetória acadêmica: medalhista de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), ele também conquistou prêmios em outras competições, como a Olimpíada Brasileira de Astronomia.
Na obra vencedora, Jhonatan expressou a “brasilidade” por meio de ícones populares como o vira-lata caramelo e o chinelo de dedo, além de representar animais como a onça-pintada, a capivara e o tucano. A obra foi escolhida por meio de uma votação popular que envolveu mais de 6.000 pessoas de todo o Brasil.
O Impacto da Arte na Ciência
Para Jhonatan, a arte tem um poder transformador. “A ilustração, a arte, a imagem têm um poder muito forte de comunicação. Com um desenho, você consegue conscientizar todas as idades, até quem não sabe ler”, refletiu. A obra de Jhonatan não só reforça a importância da diversidade, mas também busca despertar a consciência sobre a responsabilidade social e o respeito aos povos indígenas.
Com seu olhar atento e criativo, o jovem artista agora se dedica a um futuro na arte, reafirmando sua crença no esforço e na perseverança, mesmo sem vir de um contexto privilegiado. “Criar sempre foi algo que me moveu”, concluiu, demonstrando que a arte é, para ele, não só uma paixão, mas uma forma de mudar o mundo ao seu redor.