País sob pressão
O Brasil precisa dar uma resposta forte, imediata e preventiva – ou seja, antes que se torne lei – ao projeto em trâmite na União Europeia para proibir produtos provenientes de áreas desmatadas. “Forte” não significa insultar, porque a ofensa indica a falta de argumentos válidos. Imediata porque não cabe o mau costume de deixar acontecer para depois corrigir. A matéria não pode vigorar sem diálogo, correções e rigor técnico.
Na forma como está, o projeto é a forma que os partidos ecológicos acharam para reagir às derrotas que sofrem na
Europa. Na França, o medo geral que a extrema-direita desperta canalizou seus votos para o presidente Macron, o único a ter chances de barrar o avanço dos fascistas nessa nação europeia.
Para sair das cordas, os ecologistas se lançam a propostas que semeiam outro medo: o apocalipse climático. Seus alvos prediletos são o Brasil, pela dificuldade das autoridades em combater os crimes ambientais, e a Amazônia, via de regra apresentada por lá como um inferno de fogo e morte.
É urgente questionar se o desmatamento a combater é só o ilegal, porque se o legal for criminalizado será o fim da picada. Os principais argumentos, entretanto, serão comprovar o cumprimento das leis, a eficácia das políticas de proteção e a punição dos criminosos. Sem isso, o Brasil será o país mais pressionado do mundo depois que a Rússia deixar a Ucrânia.
Taca-lhe o pau!
Também se constata a força de um candidato a partir das pauladas da concorrência e está sondagem é mais forte do que pesquisas encomendadas por institutos prostituídos. Ninguém chuta cachorro morto, tampouco acende vela para defunto ruim. Pelas movimentações da semana passada dos seus antagonistas, o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) salta na dianteira, já que é o nome que mais recebeu bordoadas. Mas, por outro lado, é certo que algumas pedradas foram justas, como aquelas reclamações das lideranças do Vale do Jamari, com a suspensão da construção do hospital regional em Ariquemes e a perda de recursos para esta finalidade.
Contagem regressiva
Já está correndo a contagem regressiva para as convenções estaduais que vão homologar as candidaturas a deputados estaduais, federais, senador, governador e vice. Muita coisa indefinida e as especulações correm a solta. Acredita-se que haverá uma fusão entre as postulações de Daniel Pereira (Solidariedade), Vinicius Miguel (PSB) e Anselmo de Jesus (PT). Desta coalizão sairia o candidato abençoado pelo presidente Lula em Rondônia. Me parece uma articulação acertada já que esta coalizão teria plenas condições de enfrentar a máquina do governador Marcos Rocha e a força do pupilo do ex-governador Ivo Cassol, o deputado Leo Moraes (Podemos- Porto Velho).
Prefeitos em Marcha
A Associação de Municípios-AROM organiza caravana rondoniense para a Marcha Municipalista em Brasília,
patrocinada pela Confederação Nacional dos Municípios -CNM, de 25 a 28 deste mês, portanto já na semana que vem. Como em todos os eventos haverá uma choradeira geral dos alcaides com relação aos orçamentos municipais minguados onde os prefeitos cada vez mais são obrigados a assumir obrigações da União. Os prefeitos também vão aproveitar para passar o chapéu junto aos deputados federais e senadores visando a captação de recursos de emendas parlamentares.
Os clãs políticos
Os clãs políticos se movimentando para a eleição de outubro. Em Porto Velho, o clã Carvalho, com Mariana ao Senado e Mauricio a Câmara dos Deputados, o clã Negreiros com Edwilson a deputado estadual e a prima Glauce a federal; em Ariquemes o ex-senador Ernandes Amorim a deputado federal, e uma das suas filhas a deputado estadual; em Jaru o clã dos Muletas com Cassia a deputada estadual, Zé Amauri a federal; em Ji-Paraná o prefeito Esaú Fonseca, lança o filho Negão Filho a estadual; em Cacoal o ex-deputado federal Nilton Capixaba lança sua esposa a federal; em Vilhena o clã Donadon com Rosani a federal e Rosangela a estadual e ainda no Cone Sul Ezequiel Neiva a estadual e o filho Wivelando a federal.
Eleições ao Senado
Vejam, por enquanto, os principais nomes para a disputa da cadeira ao Senado em Rondônia na eleição 2022: deputada Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho), 2-Jayme Bagatolli (PL-Vilhena) 3- Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura) 4 –Ramon Cujui (PT-Porto Velho) 5- Amir Lando (MDB-Porto Velho) 6 –Jaqueline Cassol (PP-Cacoal). E ainda não está descartada a candidatura do ex-governador Valdir Raupp, o que só será decidida nas convenções estaduais. Partidos nanicos também especulam o lançamento de outros nomes.
Via Direta
*** Com tantos macacos velhos da política rondoniense disputando cargos eletivos em 2022 sobra menos espaço para a renovação dos quadros políticos no estado *** Mesmo porque os recursos partidários e do fundão eleitoral estão nas mãos daqueles que já exercem cargos na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados *** No entanto algumas mulheresm pintam com favoritismo para renovação, casos de Ieda Chaves a estadual em Porto Velho, Rosani Donadon a Câmara dos Deputados em Vilhena ***Impressiona o número de vereadores de Porto Velho na disputa por cadeiras Assembleia Legislativa, mais de uma dúzia *** Mas como em toda jornada são eleitos pelo Legislativo da capital pelo menos dois ou três deputados estaduais oriundos do legislativo mirim da capital, façam suas apostas.
diário da Amazónia